Crónica da Rua 513.2
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Citação de Monsieur de La Palice Ibrahimovic
Sorriso Anónimo
Sorriso Anónimo
Escondias a força
Atrás do olhar tímido
E brilhante.
Tinhas no sorriso
O prenúncio do
Caráter.
E havia
Uma candura
Descuidada
Assim,
Como folhas revoltas
Anunciando
Trovoada.
E não reparavas
Que os meus dias
Estavam mudados.
Meu coração,
Senhor,
Subjugado.
Não há armas que possam,
Não há forjas que forjem,
Não há luzes que iluminem,
A beleza,
Em traço tão firme e preciso,
Como o desenho do teu sorriso.
E ficas anónima,
Na turba
Das gentes insensíveis
Ao caleidoscópio
Das sensações possíveis
De quem pare
E te olhe,
Por um momento,
Para além
Do escoar do tempo.
jpv
Divulgar
Adivinha da Perplexidade
Tento na TV – O Programa Dela
Crónicas de Maledicência – Nem o Ministro Morre, Nem a Gente Almoça!
Eu não sou de desejar a morte de ninguém. Bem pelo contrário. Sou do tipo pacífico, vive e deixa viver. Só não gosto que me pisem os calos, mas quanto ao resto tudo bem. Contudo, às vezes apetece abrir exceções. Por exemplo, o Senhor Ministro das Finanças do Japão está tão desertinho por bater as botas que eu acho que às tantas mais valia alguém fazer-lhe o favor… o tipo, para além de energúmeno, é mais ou menos suicida.
Ora, isto deixou-me a pensar duas coisas interessantes. Uma é que o senhor é um génio da finança. Como é que ainda ninguém se tinha lembrado de liquidar população para diminuir a despesa do estado? Depois de descoberta pelo Ministro Japonês, a ideia parece óbvia, mas é efetivamente de um rasgo intelectual só ao alcance dos mais iluminados pela escuridão do outro mundo. A outra é este fresco e interessante conceito de “morrer rapidamente”. Do tipo, um idoso vai ao médico, queixa-se de umas dores, descobre-se um cancro ou uma Alzheimer, assustado, o paciente ainda pergunta, E o senhor doutor vai receitar-me o quê? Ao que o médico responde com ar tranquilo e serenador, Não se preocupe, o senhor não tem nada que não se cure com um pelotão de fuzilamento e uma cremaçãozinha!
Se eu estranho isto? Naaa… Dado os tempos que correm, temos de compreender que é preciso combater a crise a qualquer custo e todos temos de contribuir com alguma coisa e, assim sendo, porque não deixam os idosos doentes de estorvar e gastar dinheiro ao erário público após décadas de impostos pagos? E os direitos humanos? Os direitos humanos não são para aqui chamados que estamos a combater a crise em nome doutra coisa qualquer.
Caro leitor, a sério, a sério, para mim, tudo isto é muito normal. Só não compreendo é como pode suceder que num país e numa região do globo, o Oriente, conhecidos pelo respeito e veneração dos mais velhos, o ministro continue a ser ministro no mesmo dia em que disse o que disse. Essa parte é que me está a fazer cócegas na mente. Será que os outros concordam? E quem tem poderes para o demitir também?
Enfim, tendo em conta que o senhor tem 72 anos e, como tal, já possui um requisito para ir desta para melhor, se eu fosse japonês e próximo do Senhor Ministro das Finanças, passava a andar armado e assim que ele desse um espirrozito, ou aparentasse umas ollheirazitas, fazia-lhe o favor de executar o que pediu para si e cito “Se eu adoecer, não me prolonguem a vida.” Agora que penso na frase, por acaso até a acho contraditória, na verdade ele disse para não lhe prolongarem a vida, mas não disse para lha encurtarem… pois, está visto que a receita era só para os outros idosos. É caso para dizer que nem o ministro morre, nem a gente almoça!
Saudação Natalícia
Mais do que uma data ou uma quadra festiva, o Natal é a celebração da solidariedade, da Fé numa vida melhor, da redenção e da esperança. Que os vossos corações possam sentir estes valores e que as vossas ações reflitam essa Paz.
Com Amizade,
Feliz Natal
Crónicas de África – África do Sul!
Crónicas de África – África do Sul!
Maputo, 23 de novembro de 2012
É sabido e será necessário ser muito cego para não reparar que a África do Sul é uma presença cultural constante em Maputo. Viaturas, alimentos, acessórios, hábitos, expressões gravadas na linguagem, tudo um reflexo da proximidade que a geografia desenha e as estradas facilitam. E este é, por isso, um assunto que me interessa.
Ora, anteontem cruzaram-se na minha frente a influência da África do Sul no quotidiano de Maputo e a criatividade moçambicana para batizar as crianças. Ele é o Senhor Detergente, ele é o Senhor Repelente, ela é a Dona Pobreza e, mais recentemente, esta que eu encontrei e de agora vos falo.
Estava na fila do 4º Cartório Notarial para ver reconhecida uma assinatura e reparei que, ao mesmo tempo, chamavam pelas pessoas cujos documentos já estavam prontos. E era assim:
E estava pensando isto quando surge atrás de mim uma senhora baixinha e redondinha gritanto:
E pronto, não estavam a chamar por países…








