Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


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Para Mais Tarde Recordar

Desiludam-se. Isto não é um fenómeno moçambicano. É um fenómeno que, infelizmente, acontece um pouco por todo o lado. Esta foto é de hoje. Cortei-a para não se perceber onde é, mas isso é o menos. O facto é que temos quatro “mânfios” a olhar e um pobre coitado de marreta na mão a dar no duro. Ou seja, o Pobre Coitado é o desgraçado que não tinha cunha! Mas há outros raciocínios pertinentes. Por exemplo, gastou-se dinheiro no transporte de cinco, compraram-se quatro capacetes e, mais metical, menos metical, todos eles recebem vencimento, até o tipo da marreta!

Após uma breve investigação descobri a profissão de cada um deles! Hahaha… Tá bonito, tá… Ó Maria, mete os putos na barraca que vai haver trovoada!

(Clique na Imagem para Aumentar)
jpv


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Citação do Trabalho



“O trabalho qualificado implica de certo modo um elemento de capital pois a educação e a formação exigem recursos.”

Jan Tinbergen


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Crónicas de Maledicência – O Mal Agradecido

Crónicas de Maledicência – O Mal Agradecido

A imagem que escolhemos para ilustrar esta crónica não bate muito certo com o título dela. E o efeito é propositado.
Efetivamente, vemos na imagem o Senhor Presidente da República agradecendo quando, na verdade, terá dado mostras de ser um tanto mal agradecido.
Eu explico e faço-o com brevidade. Numa altura em que o país é assolado pelo mais grave dos flagelos, o desemprego, fenómeno que destrói a economia, a capacidade de produção, o comércio e o tecido familiar, e, concomitantemente, numa altura em que se antevê que o homem que dá corpo ao Senhor Presidente da República, o cidadão Aníbal Cavaco Silva, pode engrossar as fileiras de desempregados, houve um cidadão que, em Elvas, terá mandado Aníbal trabalhar, com certeza oferecendo-lhe emprego, numa demonstração de preocupação com o seu futuro e simpática generosidade. E como foi recebida tal oferta? Com um célere julgamento que, logo no dia seguinte, condenava o simpático cidadão a uma multa de 1300€.
Ficámos perplexos. Logo à partida, não sabíamos que o trabalho constituía ofensa, depois, pensámos que, havendo tão pouco trabalho, assim que aparecesse algum, a oportunidade não seria desperdiçável e, por fim, pensávamos, até agora, que Aníbal era um adepto do trabalho. De tal forma que até acumulava funções e as respetivas regalias como sejam os vencimentos, as reformas, as viaturas, enfim, tudo a que tinha direito.
Ora, ironias à parte, importa perceber como é que num país em que é preciso dedicarmo-nos a tanta coisa de suma importância para sairmos da situação em que estamos, a justiça, conhecida por ser lenta, foi desta vez tão célere. Porque se gastam energias e a preciosa verba do erário público com coisas como seja um cidadão, num clima de crise, dizer ao Presidente da República para ir trabalhar.  Mesmo reconhecendo a falta de respeito, e condenando-a, parece-me que o Senhor Presidente da República deveria ter mais o que fazer do que a andar a apresentar queixa e a patrocinar processos desta (quase insignificante) importância! Imaginemos que era eu, ou o amável leitor, que me queixava à justiça por alguém me mandar trabalhar. Teríamos processo resolvido em 24 horas? Seria o culpado identificado, interrogado e intimado a pagar uma multa de 1300€ em tão curto espaço de tempo? Ficam as interrogações. E fica, para a história, esta sensação de que Aníbal Silva, ainda pode vir a arrepender-se de ter recusado a oferta…
Tenho Dito!
jpv
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A presente crónica fez fé em notícia publicada aqui e aqui.