Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


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Divulgar: Não perca "Nagarjuna" por nada deste mundo!

Caros amigos e leitores,
É sabido que MPMI é um espaço multicultural e aberto. E é sabido, também, que, tudo o que vale a pena, nós partilhamos!

Não sei se foi da barba dele, à malandro. Não sei se foi do bigode sensual e provocador. Não sei se foi do véu dela a desenrolar-se, não sei se foi das pedras de gelo pelas costas abaixo, não sei se foi dele lhe atirar com um copo de água à cara num claro gesto de sensualidade (!!!), não sei se foi da cena “contra a parede”, não sei se foi da cara dele encostada ao rabo dela. Não sei se foi de alguma coisa destas ou delas todas juntas. Sei que “Gichi Gichi Telugu Song” do filme “Nagarjuna” é um clip imperdível ou… imperdoável! Mas, certamente, a que ninguém vai ficar indiferente. Ou vai?

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Breve e Óbvia Ciência

Breve e Óbvia Ciência

A minha língua
Na tua pele,
A minha saliva
No teu sal.
A minha sombra
No teu corpo,
O meu desejo
No teu traço.

E perco-me
Nisto que faço,
Na entrega
E na sensualidade
De não haver fronteira
Nem espaço,
Nem idade,
Nem tempo,
Nem conceito…

Tu és a cama
Onde me deito.
A linha reta
E a curva.
A água clara
E a vista turva.
O Chamamento
E a perdição.
O fulgor
E a submissão.
O côncavo
E o convexo.
O amor puro
E o desenfreado sexo.

Tu és a linha
Que define
O meu caminho,
Copo de água,
Cálice de vinho.
Altar sagrado,
Templo saqueado,
Caminhada à chuva…
Travo de limão,
Açúcar de uva.
Tu és a luz
E a ausência dela,
A noite escura e serena,
A linha definida e amarela
Do astro quente como a tua pele,
O ritmo sensual
Que o meu corpo impele
À vida,
Quando te vê chegar.
E a língua, de novo,
A procurar teus montes,
Teus altos e baixos,
Teus fortes e fracos,
Tuas ancas oferecidas
Sem regateios,
Teus redondos
E generosos seios.

Reparto contigo
Os dias
E a existência,
E há nesta conclusão
A breve e óbvia ciência
De seres minha.
De ser teu.
O tempo rasga a vida
Nas cercanias de meu tato.
Amor nos teus lábios
É mais que palavra,
É concluso e perfeito ato!

A tua língua
Na minha pele…

jpv


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Enigma

Enigma

Não sei o que em ti
Mais me seduz,
Se a ausência
Ou a explosão de luz.
Essa linha curva
Que me tem preso,
Essa sombra sensual
Desenhada no teu corpo aceso.
Essa forma harmoniosa e macia,
Essa noite perdida
Até ser dia.
Esses movimentos de enleio,
Esse princípio sem fim,
Esse centro e esse meio… de mim.
E há formosura,
A do corpo e a da alma,
Escrita com gestos
De total e absoluta loucura.
A beleza que só eu vejo,
Envolta num húmido e longo beijo.
E eu,
Sem perceber-te,
Sem saber onde me foste encontrar,
Homem perdido e sozinho,
Nos caminhos de amar.

jpv


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Ausência

Ausência

Dois dedos de conversa
Entre conhecidos
De nós, estranhos
Um do outro.
Um olhar preso,
Um pensamento louco.
Dois corações perdidos
Sem uma só palavra
Pronunciada.
É fértil o verbo
Quando lavra
O campo da mente
E a semente
É a ideia
Onde tudo começa e acaba.
E uma mão
Abandonada, por momentos breves,
Na tua pele
E nas tuas vestes leves.
E nada mais
Foi preciso
Para atear o fogo ardente,
O pensamento flamejante
E o desejo incessante!
Quase te não vi
E já te despi lentamente
Com teu contributo e anuência!
É impressionante o poder
Que exerce em nós
A doce e inquieta ausência.

jpv