Aceito.
Só vim aqui ver se tinha mail e aproveito para dizer isso. Não posso escrever mais nada. Estou sem tempo.
Começa tu!
Nada de máscaras.Quero ver-te despida…A alma despida! 🙂
Rui
Aceito.
Só vim aqui ver se tinha mail e aproveito para dizer isso. Não posso escrever mais nada. Estou sem tempo.
Começa tu!
Nada de máscaras.Quero ver-te despida…A alma despida! 🙂
Rui
Olá Rui,
Que me dizes a recomeçarmos?
Quando digo isto, quero dizer que podíamos reapresentar-nos um ao outro e começarmos o nosso conhecimento mútuo (quase) do zero. Eu apresento-me, tu apresentas-te. Dizemos aquilo que entendermos que é importante sobre cada um de nós e (re)começamos daí. Assim, podemos conhecer-nos evitando equívocos. E, sabes como é, com as tecnologias é fácil. A escrita facilita o que temos para dizer. Não achas?
Enfim, está lançado o desafio.
Verónica
Olá,
eu nunca disse que precisavas de um homem. O que eu disse foi que tinhas um problema de carência afectiva. Disse também que uma companhia podia ajudar-te a resolver esse problema e disse também que precisavas de amar. O que, afinal, vens agora reconhecer.
Sabes, eu não tenho tempo a perder. Tenho 46 anos, o tempo foge-me por entre os dedos e não quero mais desperdiçá-lo. O que tenho para dizer, digo. O que tenho para fazer, faço. Não se trata só de atrevimento, embora haja algum, trata-se, sobretudo, de viver. Disseste que o Amor era a tua religião. Pois bem, a minha é a Vida!
Outro Beijo
Rui.
PS: Vê lá se fazes as pazes com Deus. Deus, tal como o Amor, não nos abandona. Por vezes, nós é que nos fechamos a Ele, tal como ao Amor!
Rui,
Estou de volta. Pensei muito antes de escrever-te de novo, sobretudo porque se passou muito tempo. Mais de dois meses. O meu último mail foi uma reacção firme e intempestiva à forma como tinhas terminado o teu com um “Beijo”. Pensei logo que era o teu imparável atrevimento. Depois comecei a pensar que podia tratar-se só da coloquialidade de um beijo naturalmente oferecido, ou mesmo de uma simples forma de terminar um mail. Se foi isso, peço desculpa.
Acho que nós gostámos um do outro, penso até que criámos alguma admiração mútua, mas a partir do momento em que disseste que eu precisava de um homem, tudo se precipitou numa vertigem de agressividade em torno das nossas diferenças. Atrevo-me a escrever-te para que retomemos o processo de conhecimento mútuo, amizade, talvez, pela exploração do que nos une e atrevo-me a dar o primeiro passo.
Rui, de tudo que disseste, houve uma coisa em que estavas certo e preciso reconhecer-to. A minha honestidade e a minha integridade a isso me obrigam. Eu sou, de facto, uma mulher com urgência de amar! O amor é a minha religião, Rui, não tenho outra, não creio noutra. Em tempos, sim… mas isso são histórias antigas. Acontece que Deus abandonou-me, ou então esqueceu-se de mim… e eu tive de reinventar a fé. A minha fé é o amor, Rui. Mas isso não quer dizer que eu precise de um homem.
Espero que respondas.
Verónica.
Olha lá, mas tu achas que eu não te topo?
Beijo? Mas que beijo? Beijo a quem ou de quem?
Mas que petulância!
Verónica
Olá Verónica,
Peço perdão pelo “olá”. Depois do teu e-mail não sei se é muito atrevido.
As mulheres são para mim, sempre foram, um universo fascinante, Repara, tu pudeste dizer-me tudo o que pensavas, pudeste chamar-me infantil, atrevido e intrometido. Só retive estas. E, para ti, tudo isso se inscreve no âmbito da frontalidade. Perfeitamente lícito, portanto. E para que usaste a tua frontalidade? Para criticar a minha!
Ora, analisemos. Quem éramos nós? Dois desconhecidos que têm em comum o mesmo trabalho e se conheceram num evento social. Comungámos o mesmo espaço durante alguns dias, trocámos ideias, partilhámos visões da profissão, da sociedade e até da forma de estar na vida. Até aqui tudo bem. e quando erro eu? Quando te digo aquilo que penso em relação a ti. E, que fique claro, não retiro o que disse. Eu acho mesmo que tu és uma mulher muitíssimo bonita, mas também acho que tens um evidente, gritante, problema afectivo e esse problema chama-se carência. E essa carência resolve-se com companhia. E é nesse contexto que te digo que deves arranjar um namorado. Nem sequer me ofereci para preencher a vaga. Não podia fazê-lo. Mas isso não anula o facto de haver uma vaga no teu coração. E, sim, precisas fazer amor. Uma mulher com a tua urgência de amar, precisa de amar em todas as frentes e amar um homem é só uma dessas frentes.
Talvez este seja o nosso último e-mail. Não acredito que me respondas, mas, cara Verónica, arranja um homem!
Beijo
Rui
Olá Rui,
Escrevo-te, obviamente, por causa do que aconteceu ontem. Vais permitir-me duas coisas; que te trate por tu e que seja absolutamente franca.
Estava longe de imaginar que ainda houvessem homens tão infantis, tão atrevidos e, claro, tão intrometidos.
O facto de sermos colegas de trabalho não te dá, não pode dar-te, o direito de fazeres observações acerca da vida dos outros sem qualquer conhecimento de causa, dos assuntos e, sobretudo, sem que te fosse dada qualquer confiança para o efeito. Eu não te conhecia. Este evento, como tantas vezes acontece, permitiu que colegas que trabalham distantes pudessem conhecer-se, trocar experiências e ideias. Não tenho qualquer dúvida de que serás um bom profissional, mas não tenho dúvida nenhuma, também, de que precisas crescer. Se, eventualmente, pensas que um homem conquista uma mulher só com atrevimento, então deixa-me dizer-te que não conheces as mulheres. Enfim, nem sei se o que pretendias era conquistar o que quer que fosse. A minha atenção conquistaste. O meu respeito não.
Passa bem.
Verónica Gomes
EPÍLOGO
A cena que agora presenciamos e nos cabe narrar é assaz curiosa. Temos nós, contadores de histórias, este mágico poder de tudo ver e tudo saber só para dar a conhecer. E, em calhando, até a intimidade alheia devassamos. É o que faremos agora. Isto é uma casa. E há nesta casa um quarto e há neste quarto uma cama e estão nesta cama duas pessoas. Um homem e uma mulher. Ela por baixo. Ele por cima. E nasce aqui a curiosidade. É que estão fazendo sexo e amor também.
————————————————–
O Romance “De Negro Vestida” foi publicado, capítulo a capítulo, neste blogue, entre 26 de janeiro de 2010 e 22 de abril de 2011.
Agora que conhecerá outros voos, nomeadamente, a publicação em livro, deixamos aqui um excerto de cada capítulo e convidamos todos os amigos e leitores a adquirirem o livro.
Obrigado pela vossa dedicação.
Setembro de 2013
João Paulo Videira
————————————————–
"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."
A esperança pra quem busca pequeno e grande detalhe do criador. Shaloom....
Compartilhar ideias, com coerência e responsabilidade
Literaturas
Is all about telling the truth about everything I Know
WordPress.com é o melhor lugar para seu blog pessoal ou seu site de negócios.
Notícias-Fofocas-memes-humor
Reflexões sobre a vida, ética e o cotidiano — e respostas diretas sobre o que penso e o que diz o Direito
Informação para quem decide - Aqui tem Good News
Plataforma institucional de hospedagem de websites
O Amor Próprio nasceu como uma página nas redes sociais e se transformou em um espaço acolhedor para quem busca reencontrar sua força, sua essência e seu valor.
O assunto básico é Arte/Fotografia e Psicologia. Eventualmente há indicações de livros e equipamentos interessantes lincados na Amazon, Shopee e SocialSoul.
Just another WordPress.com weblog
Palavreando com Chico Viana
Tarô, Velas e Pergaminhos
Terapia em progresso
No Agora é Notícia você fica sabendo da notícia do Brasil e do mundo
Site da Comunidade Portuguesa de WordPress