Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


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Numerologia Interessante

Numerologia Interessante

“Mails para a minha Irmã” sempre teve uma frequência diversificada. Portugal, naturalmente por questões de Língua, foi sempre o país a fornecer mais leitores. Depois tínhamos países como o Brasil, a Suíça, a Rússia, mais recentemente Moçambique, mas com o público português a destacar-se. Isto parecia-nos natural e, diversas vezes e a título de curiosidade, fomos divulgando dados.

Acontece que tudo muda e nos últimos quarenta e cinco dias deu-se uma mudança drástica. Portugal deixou de ser o país que mais leitores fornece a MPMI. E a diferença acentua-se a cada dia que passa. Neste momento, o país que mais leitores fornece a MPMI são os Estados Unidos! Pois… ultrapassa-me. Admito, pelas zonas de acesso, que sejam comunidades portuguesas nos EUA.

A todos os leitores de MPMI, de todos os quadrantes, um forte agradecimento pela vossa dedicação. Todos são especiais para nós. E claro, um abraço especial, desta vez, para os amigos de MPMI que vivem nos EUA. 

A título de curiosidade, ficam os números relativos às visitas dos últimos trinta dias selecionados, somente, os cinco países donde provêm mais leitores.


Até já!
jpv
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Visitas Hoje

Estados Unidos
202
Portugal
48
Moçambique
35
Rússia
21
Brasil
20

Visitas na Última Semana

Estados Unidos
693
Portugal
215
Brasil
110
Moçambique
93
Rússia
80

Visitas no Último Mês


Estados Unidos
2087
Portugal
1167
Brasil
471
Moçambique
373
Rússia
223


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Imagens de Maputo – Embarcação de Sonhos

[Imagens de Maputo é uma secção deste blogue com o objetivo de divulgar imagens do quotidiano da Capital de Moçambique. Não há um tema. O quotidiano de Maputo é o tema. Serão imagens exclusivamente captadas por mim, e, também, exclusivamente captadas com telemóvel. Não serão fotos tiradas de propósito, com intenção estética, serão fotos tiradas como quem passa, no momento em que passa. Instantes. Sem texto. Só com o título que lhe atribuirmos. Apreciem! — jpv —]



Imagens de Maputo

“Embarcação de Sonhos”


Clique na Imagem para Aumentar



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Sexo, Mentiras e um Jornal

Normalmente, compro o “Notícias”. Um dia destes, não havia o “Notícias” e comprei o “Verdade”. E a verdade é que a secção de dúvidas, em jeito de consultório de sexualidade, arrancou-me umas valentes gargalhadas. É assim uma espécie de revista “Maria” revisitada! Ainda hesitei em publicar por causa de certa crueza na linguagem, mas a verdade é que alterar as palavras não seria correto e aqui a tasquinha é frequentada por gente crescida… Olhem, divirtam-se. E se quiserem ler mais, vão aqui. Os comentários são meus, claro. Eu lá perdia a oportunidade…

Problema? Qual problema? Isso é normalíssimo… só não sei é como é que continuas a namorar com ela, mas pronto, ele há masoquismos… Olha, já agora, e nunca lhe deu para tocar piano… Eu, se estivesse no lugar deste companheiro ficava preocupado, tens a certeza que andas a fazer tudo bem? Enfim, em última análise leva uns tampões para os ouvidos, daqueles da natação, e um guarda chuva e deves estar safo…

Medo! Muito medo! Grande confusão nessa cabeça, amigo! E eu a pensar que aquilo era suor… Se bem que, não sejamos levianos, tudo depende de como se treina…


Olha amori, e que tal se não… tu sabes… eu explico: bebes um copo de água, só que não é antes, nem durante, nem depois. É em vez de… Se por acaso a situação é mais séria e já estás grávida, então temo que a pergunta tenha vindo tarde…


Ora aqui está uma alma preocupada com coisas sérias! Eh pá é normalíssimo! O anormal é não ter desejo di sexo senpre. E olha que sempre é a toda a hora. Olha, só para teres uma ideia, uma vez eu estava a fazer sexo e de repente tive desejo de fazer sexo… eh pá… normalíssimo…

Jornal Verdade, ganhaste um leitor… 
jpv


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Mia Couto – Especial a Todos os Títulos

Mia Couto – Especial a Todos os Títulos
Não sou daqueles que, porque um escritor ganha um prémio, se desfaz em elogios e, às vezes, até sem conhecimento de causa.
Neste caso, ter lido quase todas as suas obras, acho que me qualifica para ter opinião acerca de Mia Couto. E a minha opinião resume-se a curvar-me perante aquele que é um dos melhores escritores de sempre de Língua Portuguesa. A sua amplitude vocabular, a reinvenção criativa da Língua Portuguesa, a marca cultural moçambicana sempre presente, sempre marcante, o ritmo tranquilo, mas surpreendente, da narrativa, a crueza das situações e palavras, ou, sendo mais exato, a sua naturalidade desnudada, deixaram-me, há muito, enamorado da escrita de Mia Couto.
O prémio é merecidíssimo e é especialíssimo para todos os falantes de Língua Portuguesa, em particular, os moçambicanos. A mim, comove-me esta sinuosidade da vida que é ser atribuída a distinção exatamente no ano em que vim para Moçambique. Couto, aqui, não é um escritor. Ele e Craveirinha são referências maiores da literatura e da cultura moçambicanas, são estrelas brilhantes num universo culturalmente rico e a notícia está a ser acolhida com grande satisfação.
Gosto, sinto-me feliz, quando um dos meus favoritos é reconhecido. Parabéns Mia Couto! Mantém o rumo porque nós, os teus leitores, já estamos à espera do próximo…
jpv


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As Cores da Capulana – O Mar no Olhar das Mulheres

As Cores da Capulana

O Mar no Olhar das Mulheres

Um olhar distante
perdido entre ti
E o horizonte.
Uma súplica,
Um momento e um instante,
Um mar
E uma fonte.
Sofres.
A condição não te favoreceu.
A menina que havia em ti
Conheceu os homens
E morreu.
Uma criança nas costas,
Uma coisa qualquer
A vender.
As capulanas atadas e postas,
Uma pessoa que passa
Sem te ver.
Vendes sonhos,
Vendes ilusões,
Vendes o desespero
De uma vida aos repelões.
Andam meninos
Bailando nos teus olhos
Que brotam o mar
De mansinho,
Fica suspensa a emoção,
Contida a palavra,
Vive no teu coração,
Que bate devagarinho,
Um trator que lavra
A esperança.
Não fossem os homens…

Não fossem os homens…
E seria tangível
A felicidade.
Porque tu, mulher,
Só és mulher,
Quando o teu homem quiser…

São violentas, as palavras,
Sangram quase tanto
Como o silêncio,
Beijam-te a boca que calas,
Mas agitam-te o pensamento.
Tanto que tu querias
Não pensar.
Viver a vida
Como a festa a atirar
Reflexos de excesso
Para a noite.
Como a estrada,
Banhada pelo mar,
Pisada pelo homem,
Tu és, ao passar,
Marginal.
De ti.
Fora da lei
Dos sentimentos,
Expatriada dos direitos,
Punida pelos teus próprios juízos,
Castigada pela tua ímpar e funesta condição.
Amaldiçoada a dar aos homens a redenção…
De si.

Para ti,
Só o pecado do amor,
Para ti,
Só essa doce e inevitável dor.
Para ti,
Faças o que fizeres,
Sobra sempre o mesmo mar
Que desagua no olhar das mulheres.

jpv


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Crónicas de África – Uma Semana em Maputo

Crónicas de África – Uma Semana em Maputo

Maputo, 19 de maio de 2013

Tenho-o dito e repito, sem preconceitos, a experiência de viver em Maputo tem tido as suas dificuldades, mas é absolutamente fantástica. Uma das muitas coisas a que temos de habituar-nos é o ritmo. Os dias acordam muito cedo, a partir das 4, 4:30 e também se escondem cedo, por volta das 20 é hora de começar a adormecer e às 22 é muito tarde. Não tem tanto a ver com as horas, mais com o ritmo dos dias.

Por outro lado, também a sequência de acontecimentos, a forma como a vida se encadeia, é muito diferente daquilo a que estamos habituados na Europa e, em particular, em Portugal. Não é pior, nem melhor. É, simplesmente, diferente. Vejamos como pode ser uma semana em Maputo. Este exemplo é diretamente retirado do filme da minha vida, logo, foi real e efetivamente vivido.

Segunda Feira
– Aulas.
– O carro começa a ter dificuldade em pegar.
– Falta a água à noite. Nada a fazer.

Terça Feira
– O diagnóstico da falta de água revela inequivocamente que a bomba que leva a água do depósito no r/c, que a recebe da companhia, e a bombeia para o depósito no terraço, no 4º andar, donde descerá para a casa, no 1º andar, queimou. Literalmente. Contacta-se o senhorio que faz o favor de contactar o eletricista/canalizador que, às 7:30, informa que chegará às 9:30.
– Almoço no Piri-piri. Frango de churrasco, o que havia de ser?

– Às 14:30 chega o canalizador/eletricista, um tudo-nada atrasado. Informa que a reparação demora 30 minutos.
– Levar o eletricista/canalizador a casa para trazer as chaves.
– Comprar uma bomba nova.
– Petisco ajantarado com o Nunes e uns amigos. Chouriço assado com vinho de Reguengos. Faz-se diagnóstico do carro. Precisa nova bateria.
– Às 21:30 o arranjo de 30 minutos da bomba que leva a água do r/c para o terraço a fim de baixar ao 1º andar é remetido para o dia seguinte.

Quarta Feira

– Comprar bateria nova. A pessoa que a vende substitui a bateria velha por uma nova.
– Em casa, arranjar o arranjo da bateria refazendo as ligações que estavam mal amanhadas.
– Aulas.
– À tarde falta a luz.

– O fornecimento de luz é retomado ao princípio da noite.
– Prossegue o arranjo da bomba de água. Banho com um balde e um púcaro.
– O Benfica perde com o Chelsea.

Quinta Feira
– 48 horas depois de ter sido diagnosticado um arranjo de 30 minutos recupera-se o fornecimento de água.
– A buzina do carro começa a apitar sozinha. Ao cabo de três vezes, dou-lhe um valente murro. Nunca mais se manifestou por vontade própria.
– Aulas.
– Preparação do Sarau das Línguas: audições.
– Falta o sinal de televisão. Depois de verificados os cabos, contacta-se a empresa que fornece o serviço de televisão. Vamos já!

Sexta Feira
– Pagar ao eletricista/canalizador.
– Aulas.
– Jantar da equipa que coordena os trabalhos de preparação do Sarau das Línguas.
– 24 horas depois de ter sido suspenso sem aviso, retoma-se o fornecimento de serviço de televisão.

Sábado
– Compras.
– Corrigir testes.
– Skype com a família.
– Dormir e sonhar com um domingo tranquilo que começará, sem dúvida, com um banho retemperador.

Domingo
– Falta a água. Pânico geral. Telefonemas diversos para o senhorio e eletricista/canalizador. Uma hora depois, assistido por telefone, descubro que ele tinha enchido o depósito do terraço, tinha ligado a bomba nova, mas… tinha-se esquecido da torneira de segurança fechada. Abre-se a torneira de segurança. O líquido precioso jorra avonde. Banhos. Finalmente.
– Pequeno almoço no Continental.
– Passeio de carro e a pé pela marginal. Paisagem belíssima.
– Testes.
– Intervalo dos testes para fazer esta publicação no MPMI.

Se eu podia viver sem ser em Maputo?
Poder, podia, mas não era a mesma coisa!

E, por fim, algumas imagens que acompanharam a loucura de uma semana normal na Capital moçambicana:


Poloni faz um amigo.
Se não fosse o vidro, brincávamos mais.


Marginal de Maputo.


Leitura matinal junto ao mar.


Marginal de Maputo.


Vista da praia da marginal de Maputo onde
Poloni costuma dar umas corridinhas.


Bóia conhecida por Árvore de Natal.


Passeio domingueiro, pela manhã, com Poloni.

jpv


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"A Porta" de Mia Couto


Hoje, depois de um agradável almoço sob a sombra frondosa de uma árvore de líchias no quintal do M e da S, parámos numa livraria a caminho de casa. E comprámos dois livros. Ambos de Mia Couto. Um deles foi a coletânea de crónicas intitulada “O País do Queixa Andar”.

Abri o livro e, num só fôlego, devorei a primeira página. Nem sei se chega a ser uma crónica, mas é um texto absolutamente exemplar do olhar cristalino de Mia Couto em relação ao que o rodeia.

Aqui fica o texto e o conselho de comprarem o livro.
jpv
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A Porta

Era uma vez uma porta que, em Moçambique, abria para Moçambique. Junto da porta havia um porteiro.

 Chegou um indiano moçambicano e pediu para passar. O porteiro escutou vozes dizendo:
– Não abras! Essa gente tem mania que passa à frente!

E a porta não foi aberta. Chegou um mulato moçambicano, querendo entrar. De novo, se escutaram protestos:
– Não deixa entrar, esses não são a maioria.

Apareceu um moçambicano branco e o porteiro foi assaltado por protestos:
-Não abre! Esses não são originários!

E a porta não se abriu. Apareceu um negro moçambicano solicitando passagem. E logo surgiram protestos:
– Esse aí é do Sul! Estamos cansados dessas preferências…

E o porteiro negou passagem. Apareceu outro moçambicano de raça negra, reclamando passagem:
– Se você deixar passar esse aí, nós vamos-te acusar de tribalismo!

O porteiro voltou a guardar a chave, negando aceder ao pedido. Foi então que surgiu um estrangeiro, mandando em inglês, com a carteira cheia de dinheiro. Comprou a porta, comprou o porteiro e meteu a chave no bolso. Depois, nunca mais nenhum moçambicano passou por aquela porta que, em tempos, se abria de Moçambique para Moçambique.

Mia Couto
in “O País do Queixa Andar”
Sociedade Editorial Ndjira


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Crónicas de África em Imagens – Na Beira da Estrada

Crónicas de África em Imagens – Na Beira da Estrada

Maputo, 30 de abril de 2013

Caros Amigos e Leitores,

As imagens que agora vos oferecemos não estão subordinadas a nenhuma temática em particular, nem servem para mostrar uma cidade ou a beleza paisagística de uma região.

O que estas imagens têm em comum é a estrada. Foram todas tiradas do carro, muitas delas em movimento, e mostram pormenores da vida africana na beira da estrada. Sinais de trânsito pouco comuns ou inexistentes noutras paragens, meios de transporte, formas de vida.

África, e Moçambique é um exemplo vivo disso, ainda não foi esterilizada pelas autoestradas. A estrada fervilha de gente e de vida. Mesmo num local inóspito, há sempre gente à beira da estrada e quando não há, se paramos, passados alguns minutos, aparecem pessoas à nossa volta. A estrada é viva.

Estas fotos foram tiradas em estradas de Moçambique e da África do Sul nos meses de dezembro de 2012 e janeiro de 2013. Divirtam-se!

Meio de transporte semi-coletivo. É pago.
Todas as pessoas à volta da carrinha subiram e viajaram nela.

O mesmo que o anterior, mas coberto.
Este tipo de transporte serve para cobrir grandes distâncias.
Os atrelados são quase tão comuns como os carros.
Há autocarros de passageiros com atrelado!
Todas as vilas e povoações de Moçambique 
fervilham de gente e vida.

Porta aberta? Qual porta?
Não se está mesmo a ver que é um suporte?

Doces, aromáticos e baratos! 
É comum encontrar prédios completamente pintados com 
publicidade à Vodacom, à Mcel ou à Coca-Cola.

Hotel em Maxixe, Inhambane.
Esta alegria e esta simpatia são comuns e 
contagiantes em Moçambique

Iupiii, estivemos lá!
Travessia de quê?
Mas há aqui algum zoo ou quê?

Eh, isto nunca acontece!
Mas este tipo não gosta mais de aguinha e laminha?!
Assim sendo, vendem-se lá sorvetas!
Assim… aqui… de repente… em 50 metros…
não estou a ver… e logo agora que tinha urgência numas fotos!
Vai cansadinho da viagem?
Ó aqui tão confortáveis.

Camineta roubada,

Cordas às portas!

Comum.
De pequenino…

Comum.
E quando passam por nós numa descida a 130 à hora?!
– Quanto vale, mamã?
– 50, papá.
– Cada uma?
– Cada balde, papá!
(50meticais = 1,25€)
O STOP é para o trânsito, não é para o casório!
Felicidades!

Pelas minhas contas, vão três lugares vazios.
A tampa do motor aberta?
Naaa… é o sistema de arrefecimento.

Piri-piri da Tia Rachida… pica que farta!
Olaria tradicional.
Ai andas, andas!
À espera do chapa.
Olha a lenha fresquinha!
Carvão. 
Mercado antigo.
A Coca-Cola é a bebida mais consumida em Moçambique.
A sede acaba ali. Dançámos naquela esquina.

Comum.
De pequenino…
Olhó caju fesquinho!
Em Maputo é caro e aqui fica baratinho!

Não vai mais vinho para a mesa daquela carrinha.
Eixo partido é uma doença comum em Moçambique.

Porque será?

Boa vista!
Vendas na periferia urbana de Maputo.
Vendas na periferia urbana de Maputo.
Comum. Muito comum.
Transporte de minério.

Circular pela berma também é uma simpatia comum.

-Tens algo para vender?
– Sim, tenho algum algo para vender.
– Não vendas aqui nenhum algo que é proibido.
Hã?! Muita informação ao mesmo tempo!
E já aparecem em voo?
Eh lá! Um tradutor de códigos de estrada, por favor!
Hã?! Mas afinal, o carro pode ou não pode usar phones?!
Afinal acontece!
‘Tás cheio de sorte que o tipo não vem fora de mão!

jpv
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Todas as imagens
Foram captadas por mim ou familiares.
Pode clicar para aumentar um pouco o tamanho.



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As Cores da Capulana

Caros Amigos e Leitores,

Estão a ser produzidos e serão publicados aqui, em Mails para a minha Irmã, poemas sob o título genérico de “As Cores da Capulana”.

São, naturalmente, textos de inspiração africana e, em particular, moçambicana.

Ora, como MPMI está a ficar mesmo muito cheio, criámos um sub-blogue onde se arrumarão os poemas da secção “As Cores da Capulana”. Eles serão publicados em MPMI, mas o índice remeterá para a nova página.

Os primeiros textos surgirão ainda este fim de semana.

Boas Leituras!


jpv


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Quem Sabe?!


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Quem Sabe?!
Parece só mais um mapa. Não é. O ponto A é Maputo, Moçambique, onde vivo. O ponto B é Gabela, Angola, onde nasci. Ainda não tinha pensado nisso, mas para unir os dois pontos só é preciso cruzar três países! Mas há mais, a distância é pouco superior à que é preciso percorrer para atravessar Moçambique. Segundo o Google Maps, a distância a percorrer entre a rua onde vivo e a rua onde passei a minha infância é de 3409km e percorre-se em 45 horas. Pois, esta das 45 horas é que é preciso relativizar. Aí umas duas semanitas a andar! Mas, quem sabe… não é como se fosse no fim do mundo. E a minha alma precisa do descanso de regressar aonde nasceu há… Eh pá, há tanto tempo… Enfim, não vou a casa há 38 anos. Às tantas estou atrasado para o jantar!
jpv