Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


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De Negro Vestida – LVIII

 

De Negro Vestida – XXII

– Queremos tudo do melhor. Não pode faltar-lhe nada. Ao menos agora que lhe não falte nada. Por favor, o meu filho faz as escolhas consigo mas não se poupe.
António da Purificação Martins parecia efectivamente decidido a compensar Maria da Graça em morte pelas faltas todas de uma vida. Inicialmente quisera tratar de tudo sozinho, mas acabara por aceitar a ajuda de Gabriel não só porque precisava dela, mas, sobretudo, para não afastá-lo da mãe. António estava decidido a não cometer os mesmos erros do passado.

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O Romance “De Negro Vestida” foi publicado, capítulo a capítulo, neste blogue, entre 26 de janeiro de 2010 e 22 de abril de 2011.

Agora que conhecerá outros voos, nomeadamente, a publicação em livro, deixamos aqui um excerto de cada capítulo e convidamos todos os amigos e leitores a adquirirem o livro.

Obrigado pela vossa dedicação.

Setembro de 2013

João Paulo Videira

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De Negro Vestida – LVII

 

De Negro Vestida – XXI

Uma das batalhas que vimos travando desde que temos esta vida, vivemos neste mundo e esta morte temos, é a batalha de cruzar limiares, de conhecer fronteiras e caminhar sobre elas ou assumir claramente um dos lados. Não é fácil uma opção, como não é fácil a ginástica moral e ética de caminhar em ambos os lados que não é lado nenhum, em cima da linha divisória das ideias, dos conceitos, das práticas, das orientações.

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O Romance “De Negro Vestida” foi publicado, capítulo a capítulo, neste blogue, entre 26 de janeiro de 2010 e 22 de abril de 2011.

Agora que conhecerá outros voos, nomeadamente, a publicação em livro, deixamos aqui um excerto de cada capítulo e convidamos todos os amigos e leitores a adquirirem o livro.

Obrigado pela vossa dedicação.

Setembro de 2013

João Paulo Videira

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De Negro Vestida – LVI

 

De Negro Vestida – XX

A todos nos dá o Criador características diversas e próprias. E a José dos Santos Silva lhe deu aquela voz arroucada de encher uma sala mesmo quando repleta de gente em burburinho. E, por isso mesmo, o que disse foi audível em toda a sacristia onde não estavam mais do que aqueles dois que ainda agora se beijaram e, claro, em toda a igreja. O que disse e como o disse teve dois efeitos. Primeiro, um silêncio geral e profundo na expectativa suspensa de uma resposta. O segundo efeito foi como se uma pedra tivesse sido atirada a um lago calmo e se estivessem agora multiplicando os círculos.

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Agora que conhecerá outros voos, nomeadamente, a publicação em livro, deixamos aqui um excerto de cada capítulo e convidamos todos os amigos e leitores a adquirirem o livro.

Obrigado pela vossa dedicação.

Setembro de 2013

João Paulo Videira

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De Negro Vestida – LV

 

De Negro Vestida – XIX

A sacristia é um espaço exíguo nesta igreja que o Senhor arruma-se com facilidade em qualquer cantinho. Há um móvel em madeira escura, alto, onde está uma cruz com o Cristo pregado nela desde que o lá deixaram. Ao fundo, um pequeno rasgo na parede espessa com um vidro baço permite entrar luz mas não os olhares indesejados. Dir-se-ia que o que está para acontecer aqui não é apropriado a uma igreja, menos ainda ao seu recanto mais esconso, a sacristia…

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Obrigado pela vossa dedicação.

Setembro de 2013

João Paulo Videira

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De Negro Vestida – LIV

 

De Negro Vestida – XVIII

– Não se preocupe, minha senhora, dadas as circunstâncias, está tudo a correr muito bem e tudo continuará a correr muito bem. Encarregue-se de calar a boca ao senhor seu sogro que eu faço o resto.
Maria de Lurdes disse isto em tom suave e discreto e abandonou o local para logo ir garantir que a viagem até ao cemitério fosse organizada e tranquila.

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Obrigado pela vossa dedicação.

Setembro de 2013

João Paulo Videira

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De Negro Vestida – LIII

 

De Negro Vestida – XVII

Vivemos nós, quer queiramos, quer não, e sem teoria que comprove o contrário, na mais absoluta umbilicalidade. E nem há nisto falta de vontade de conhecer o outro ou de ser solidário com ele. Deve-se, simplesmente, ao facto de, para estarmos neste mundo, termos uma existência e a ela vivermos agarrados e dela fazermos depender a perspectiva que vamos tendo do que nos rodeia.

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Setembro de 2013

João Paulo Videira

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De Negro Vestida – LII

 

De Negro Vestida – XVI

As mulheres gostam de ser mulheres.
Os homens gostam de ser homens.
A vida lá terá as suas variações, contradições e naturais excepções, mas o facto é que costumamos vestir bem a pele que o Senhor nos deu. E há aspectos que admiramos mutuamente no sexo complementar que oposto não é. E há até algumas circunstâncias que são particularmente cativantes de acordo com os tempos usos e costumes. São modas. Hoje em dia, por exemplo, as mulheres, que apreciam um físico masculino em boa forma, deixam-se cativar mais facilmente por um homem que passeie um cão pelas ruas ou que se faça acompanhar de uma criança prestando-lhe cuidados e atenção.

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Setembro de 2013

João Paulo Videira

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De Negro Vestida – LI

 

De Negro Vestida – XV

Manuel Matos Vasques, o inquieto, nem na morte descansou. A verdade, por estranha que pareça, é que teve de ser sepultado duas vezes antes do eterno repouso. E, mais curioso ainda, duas vezes duas famílias dele se despediram. Duas vezes dois padres diferentes o encomendaram ao Senhor e, por isso mesmo, duas vezes por ele choraram.
Nada há a imputar em sede de responsabilidades ao Senhor que, não só é do universal conhecimento que não erra, como, ainda que tal impossibilidade fosse possível, a este caso se não aplicaria pois se tratou de inequívoco e claramente detectado erro humano. Uma distracção, como sucede na maioria das vezes que um de nós se engana.

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Setembro de 2013

João Paulo Videira

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De Negro Vestida – L

 

De Negro Vestida – XIV

Pode um homem sentir-se profundamente apaixonado e não estar à altura dessa paixão?
Pode!
Acontece que os sentimentos, por serem fortes, não têm de extravasar-se ou dar-se a conhecer ou levar a caminhos de sucesso. Precisamente por serem fortes, podem inibir. E é assim que está vivendo Alberto Vieira e Amaral seu turbilhão interior. No mesmo momento em que decide entregar-se completamente àquela paixão e dedicar-se de novo a Maria de Lurdes e fazer-lhe juras de amor, lembra-se da face de Sandra, da sua reacção reprovadora e irascível, da invocação da mamã que provavelmente não aprovaria nada daquilo e encolhe-se.

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Setembro de 2013

João Paulo Videira

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De Negro Vestida – XLIX

 

De Negro Vestida – XIII

Caro leitor, se chegou até aqui pare ou salte para o próximo capítulo. O que vai escrever-se a seguir não deveria ser escrito. O que está prestes a ler, não deveria ser lido.

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Setembro de 2013

João Paulo Videira

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