Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


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De Negro Vestida – LXXVI

 

Abandonar o Negro – XIII

Um telefonema breve e Gininha desmarcou tudo, tirou da frente a montanha de afazeres e combinaram encontrar-se na pastelaria do costume de outros tempos e ela poderia conhecer o garboso pretendente, o viúvo de Maria de Lurdes. Fez-se esperar. Queria causar uma impressão avassaladora ao entrar na pastelaria. Trazia umas sandálias de salto altíssimo às tiras de cabedal com umas pedras coloridas ao centro, percorrendo o peito do pé, calças de ganga elásticas e justíssimas ao corpo, uma túnica em azul-clarinho semitransparente presa por baixo do peito permitia entrever o sutiã com ramagens da mesma cor. Um cinto larguíssimo com um símbolo Maia a fazer de fivela.

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O Romance “De Negro Vestida” foi publicado, capítulo a capítulo, neste blogue, entre 26 de janeiro de 2010 e 22 de abril de 2011.

Agora que conhecerá outros voos, nomeadamente, a publicação em livro, deixamos aqui um excerto de cada capítulo e convidamos todos os amigos e leitores a adquirirem o livro.

Obrigado pela vossa dedicação.

Setembro de 2013

João Paulo Videira

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De Negro Vestida LXXV

 

Abandonar o Negro – XII

Todas as situações têm uma explicação querendo quem as conhece dá-las e quem as não conhece recebê-las. Aquele final de tarde trouxera demasiadas surpresas para que Carlos José pudesse dispensar explicações. Maria de Lurdes encontrava-se numa situação diferente do costume. Não se tinha preparado como sempre gostava de fazer. A vida acontecera sem lhe perguntar se queria ou estava preparada.

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Obrigado pela vossa dedicação.

Setembro de 2013

João Paulo Videira

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De Negro Vestida – LXXIV

 

Abandonar o Negro – XI

– Sabe, qualquer coisa na atitude da minha mãe a havia já denunciado. O cantarolar pela manhã, os jantares cada vez mais frequentes “com as amigas”, se é que me entende..
– Carolina, a mãe queria ter falado contigo, mas não tinha a certeza, quer dizer, não sabia ao certo no que isto ia dar…
– Mãezinha, não precisas dar-me satisfações, és tu a mãe, lembras-te?

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Obrigado pela vossa dedicação.

Setembro de 2013

João Paulo Videira

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De Negro Vestida – LXXIII

 

Abandonar o Negro – X

A chave acabou de rodar na fechadura. Carolina entrou, largou a mala numa cadeira forrada que havia na entrada, foi ao seu quarto, poisou o casaco e voltou à cozinha. Percebeu que, ou havia movimento, ou tinha havido. Franziu o sobrolho, inspeccionou o ambiente em volta e perguntou para o ar levantando a voz mais à procura de uma confirmação para a sua desconfiança do que para saber se Maria de Lurdes estava em casa:
– Mãe?!… Mãe…
Maria de Lurdes havia colocado um dedo na vertical sobre os lábios de Carlos José pedindo-lhe silêncio, vestiu um roupão e foi ao encontro do destino.

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Setembro de 2013

João Paulo Videira

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De Negro Vestida – LXXII

 

Abandonar o Negro – IX

Há quem tenha dito, quem tenha escrito e quem tenha defendido que há tantas realidades quantas as pessoas. Parece-nos restrito, o critério e são muitas mais as realidades porquanto cada pessoa vê e interpreta cada realidade como sendo outra consoante o seu estado de espírito. Ora, um dos que mais frequentemente e com maior intensidade altera o mundo que nos rodeia é o enamoramento.

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Setembro de 2013

João Paulo Videira

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De Negro Vestida – LXXI

 

Abandonar o Negro – VIII

– E não queria dizer-to já, mas tu precipitaste as coisas. Agora sei porque dizem que as mulheres têm um sexto sentido. Parece que estavas a adivinhar…
– Mas porquê? Nós não escondemos nada um do outro.
– E continuaremos sem esconder.

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João Paulo Videira

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De Negro Vestida – LXX

 

Abandonar o Negro – VIII

Ela podia ter-lhe saltado para os braços. Podia ter-se levantado, dado a volta à mesa e beijado-o sofregamente. Podia ter ficado imóvel de espanto com as lágrimas a correr-lhe pela cara abaixo. Podia ter feito um sorriso, chamado-o de malandro e levantado o copo em jeito de tchim-tchim. Mas não. Sabem como são as mulheres. Precisam saber tudo.

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João Paulo Videira

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De Negro Vestida – LXIX

 

Abandonar o Negro – VII

Para Carlos José era mais um jantar com a pessoa amada. Trouxera flores e pedira ao empregado, Coloque-as em água, por favor, e traga-as para a mesa.
Para ela era o jantar. O momento em que a Maria de Lurdes pragmática confrontaria o seu amante e a Maria de Lurdes romântica com a dureza da realidade.
Não sabia o que resultaria dali, mas o que quer que fosse, seria clareza, seria a inevitável separação entre o por onde caminhamos e o até onde podemos ir.

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João Paulo Videira

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De Negro Vestida – LXVIII

 

Abandonar o Negro – VI

As pessoas já não namoram, andam. Já não fazem amor, curtem. Ainda assim, mudem os nomes como mudarem, haja as evoluções e as adaptações semânticas que houver, a fase do encantamento, da descoberta mútua, do Diz-me como preferes, dir-te-ei como prefiro, Mostra-me como gostas, mostrar-te-ei como gosto, sempre se há-de chamar namoro.
Os comportamentos podem tornar-se absurdamente ridículos, namoradamente carinhosos. Inventam alcunhas ou abreviaturas um para o outro, tratam-se por amorzinho, esperam-se à saída do trabalho com flores na mão, dão comidinha à boca um do outro, entregam-se em conversas ávidas de conhecer o corpo e passam imenso tempo falando, sempre falando, basicamente dizendo do que gostam e que gostam um do outro. Fazem juras de amor.

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O Romance “De Negro Vestida” foi publicado, capítulo a capítulo, neste blogue, entre 26 de janeiro de 2010 e 22 de abril de 2011.

Agora que conhecerá outros voos, nomeadamente, a publicação em livro, deixamos aqui um excerto de cada capítulo e convidamos todos os amigos e leitores a adquirirem o livro.

Obrigado pela vossa dedicação.

Setembro de 2013

João Paulo Videira

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De Negro Vestida – LXVII

 

Abandonar o Negro – V

Fazem coisas estranhas, os amantes.
E só à sua compreensão devem explicações. Estes decidiram não tomar banho. Não foi combinado. Foi só o desejo mútuo de manterem no corpo o cheiro da entrega. De prolongarem o momento para além do momento, a fantasia para além da realidade. E foram para a cozinha como quem vai para um parque de diversões. Colocaram aventais de cozinheiro sobre os corpos nus e ficaram cozinhando omeleta.
Fazem coisas estranhas, os amantes.

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João Paulo Videira

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