Maputo, 3 de novembro de 2012
Alguns dias depois do primeiro encontro, o então batizado de Boss Africano reencontrou o Grande D. E o negócio fez-se. O namoro via sms continuou com propostas e contra-propostas, avanços, recuos e cedências. A determinada altura marcou-se novo encontro, apuraram-se os valores e a qualidade da mercadoria. O D recebeu o Boss Africano e sua dama e levou-os a conhecer os carpinteiros artesãos que produzem as peças, camas, cadeiras, cómodas, cristaleiras, oferta para todos os gostos. Atravessámos o mercado de Malanga, enveredámos por ruas estreitas de terra batida, casas de bloco sobre bloco, construções em chapa de zinco, crianças brincando no emaranhado de ruas estreitinhas, uma casa bem acabada no meio do caos. Até tinha um breve relvado, mais ruas, até chegarmos a um largo de dimensões generosas no meio do casario. E aí estavam madeiras por todo o lado, ferramentas e homens trabalhando a matéria prima.
Mais tarde veio entregar a mercadoria. Atrasou-se. Nem seria moçambicano… mas vinha tudo certinho. Enquanto os outros montavam a cama, ele viu uma bíblia no quarto e perguntou, Boss, posso rezar em tua casa? Podes. E começou a rezar o que sabia e como sabia enquanto os colegas trabalhavam.
