Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


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Histórias do Autocarro 28 – Aconchego

Aconchego

Tal como a anterior, esta história também não é uma história. É um apontamento urbano. Nem indagaremos as razões, nem procuraremos explicações. Limitamo-nos a contar a história e cada leitor fará os seus próprios juízos.

Quando o autocarro 28 parou no Cais do Sodré, não ia muito cheio, mas nessa paragem abarrotou. As portas fecharam com custo. Não havia espaço entre as pessoas, excepto aquele mínimo para que não vamos abraçados uns aos outros. Ao meu lado ia um rapaz aí com os seus 35 anos com o braço no ar a segurar-se na pegadeira o que fazia com que o seu casaco, que não ia abotoado, ficasse com as abas a pender. Lá da frente aqui para trás, onde vamos, veio uma senhora com cerca de 50 anos, cabelo ruivo, arranjado e penteado, calças de sarja branca justas e botas de cano alto, abrindo caminho até chegar junto a nós. Passou por mim e anichou-se dentro das abas do casaco do rapaz, encostou muito o seu corpo ao dele e assim seguiram coladinhos um ao outro. E só não pode dizer-se que iam abraçados porque cada um deles tinha um braço no ar para se segurar e outro estendido com uma pasta na mão. O queixo dela ia por cima do ombro dele. Eu pensei, como outros devem ter pensado, que seriam namorados ou um casal de idades desiguais e que ela viera ao seu encontro. Só estranhámos que não se tivessem falado e que não se tivessem olhado. Ele tentou olhar para ela, mas ela ia com a cara de lado. E, à medida que o 28 evoluía no terreno, ela parecia entregar-se mais a ele, aconchegar-se no calor do seu corpo.

Numa paragem, conforme entrara, ela saiu. O rapaz olhou para nós muito corado e fosse porque tínhamos alguma interrogação no olhar, fosse por sentir necessidade de explicar-se, disse:
– Não a conheço de lado nenhum!
Alguém mais habituado a estas andanças advertiu:
– Veja lá se tem a carteira…
Ele abriu muito os olhos, fez um ar preocupadíssimo, como quem se lembra tarde demais que se esqueceu do fogão ligado, levou a mão ao bolso interior do casaco, fez um ar de alívio e disse:
– A carteira está cá.
Nesse momento, o tipo que o lembrara da carteira encerrou o assunto com piada:
– Deixe lá, foi só o aconchego!

jpv


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Histórias do Autocarro 28 – Saciada

Saciada

Isto que agora se escreve não é bem uma história. É mais um apontamento. A coisa passou-se em fracções de segundo. Quer dizer, também não foram bem fracções de segundo. Foram uns instantes. Instantes curiosos e de tal forma interessantes que dariam um romance. Como não tenho tempo para o romance, fica o apontamento.

Ultimamente faço o percurso do autocarro 28, entre Santa Apolónia e o Cais do Sodré, de metro. Depois, num eléctrico ou num autocarro qualquer sigo até à Infante Santo. Apanho o primeiro que chegar. Torna-se mais rápido e diversificado e sempre obriga a algum exercício físico. O instante que vou contar-vos, passou-se no eléctrico 18 ainda não eram 9 da manhã.

Entrámos e o eléctrico ficou composto mas longe de estar a abarrotar. Isto é importante porque significa que o campo de visão e observação estava desimpedido. Num banco de dois lugares, daqueles que estão colocados lateralmente, ou seja, virados para o corredor do eléctrico, sentou-se uma moça. Era jovem. Muitíssimo atraente. Cabelos escuros, lisos e longos, pelo meio das costas. A tez clara e os olhos muito azuis. Tinha um discreto piercing num sobrolho e os lábios eram bem definidos, em V ao meio. Casaco de camurça e calças de ganga muito justas e coladas às pernas de formas sensuais. Os homens que entraram com ela repararam naquela beleza, mas, após a primeira espreitadela de relance, desviavam o olhar para não parecerem muito vorazes, nem estarem a incomodar a moça com olhares directos. De maneira que ia ali um ambiente de “quero mas não faço” que era absolutamente indisfarçável e um tanto constrangedor. Por motivos que davam uma tese, mas não aprofundaremos, nenhum homem se sentou ao lado dela. Fosse para não parecer atrevido, fosse porque uma beleza assim pode intimidar os mais ousados, ela seguiu sozinha até à primeira paragem depois do Cais do Sodré rodeada de homens que queriam olhar para ela mas não eram capazes de mais do que uns relances disfarçados.

Na paragem, entrou um jovem aí dos seus 30 anos, estatura mediana, cabelo escuro, curto, porte atlético comprovado pelos músculos que lhe moldavam as calças de ganga justas. Tinha um casaco preto de cabedal, cintado. Outros músculos se notavam bem colados às calças, com formas definidas e a prometer solidez. Eram os do rabo. O moço poisou um saco de desporto no chão e rodou sobre si para sentar-se no lugar vago ao lado da moça. Ora, quando rodou, houve ali uns instantes em que o seu atlético e firme rabo esteve de frente para a moça que olhava em frente, para um ponto indeterminado, como fazemos todos nestas situações. E foi aí que ela nos surpreendeu. Abandonou o olhar no vazio, fixou-o no rabo que rodava à sua frente, encheu a vista, tirou-lhe bem as medidas, e quando o rapaz já se sentava, ela fechou os olhos devagarinho e ao abri-los já tinha um sorriso nos lábios.

Os homens que tinham estado ali à volta a fingir que não a viam, a evitar olhar para ela, a lançar-lhe relances despercebidos, ficaram desarmados e a pensar em conjunto:
– Ora toma, a malta com pruridos e ela saciou-se!

jpv


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Histórias do Autocarro 28 – Ai, desculpe, desculpe, desculpe…

Ai, desculpe, desculpe, desculpe…

De todas as histórias que escrevi até agora sobre o Clã do Comboio e o Autocarro 28, esta é a primeira que envolve contacto físico… à farta.

Importa saber entre quem foi o dito contacto. Ora, nem mais nem menos do que entre a minha pessoa e uma passageira… Para ser mais exacto, entre a passageira e eu que, na verdade, fui ampla e generosamente abraçado.

A história não se passou no 28, mas tudo começou com ele. Chegou depois! Em vez de se ir no 28 de Santa Apolónia à Infante Santo, pode apanhar-se um autocarro expresso, assim chamado porque só faz uma paragem, que vai de Santa Apolónia ao Cais do Sodré. Daí à Infante Santo qualquer um serve e há muitos. Em dias de muito movimento pode ser bem útil.

Um dia destes, apanhei o expresso e quando cheguei ao Cais do Sodré apareceu o eléctrico 15. E foi aí que a coisa se deu. Já quase não havia espaço, todos os lugares sentados e em pé estavam ocupados e as pessoas seguiam literalmente enlatadas. Lá encontrei um buraquinho e entrei julgando que era o último. Atrás de mim entrou uma moça que não sei como se conseguiu encaixar, sei, contudo, que entrou, apertou-se entre os que estavam e ficou… sem ter onde se agarrar. Era baixa, cabelo escuro, farto e encaracolado, olho castanho. Tinha um ar simpático e claramente envergonhado. Do pescoço para baixo não sei como era porque não dava para ver além do que estava atrás de mim.

Ora, o eléctrico pára de uma forma um bocadinho mais brusca do que o autocarro e quando o fez, logo na primeira paragem, a moça agarrou-se abraçando-me e como me viu olhar para trás por cima do ombro, disse:
– Ai, desculpe, desculpe, desculpe…
Eu desculpei. É, de resto, uma forma diferente de começar o dia. Um homem acorda, sai à rua e é generosamente abraçado por uma moça bonita. O dia não estava a começar mal, portanto. Ora, importa referir que os eléctricos não só travam, como arrancam. E quando arrancam produzem o mesmo esticão só que no sentido oposto. A moça, de equilíbrio perdido, agarrou-se de novo ao meu tronco, muito agarradinha e lá foi dizendo ruborizada, quase a explodir de vergonha:
– Ai, desculpe, desculpe, desculpe…
A bem dizer, não havia nada a desculpar. Homem que é homem, por vezes faz o serviço público de ajudar uma senhora em dificuldades. E não tem de ser velhinha! Acho que nas contas do Criador as boas acções praticadas com jovens bonitas também qualificam.

No meu caso, o Criador, sendo bom avaliador das humanas acções, deveria ter-me contabilizado na caderneta seis delas e a razão é fácil de perceber. Entre o Cais do Sodré e a Infante Santo há três paragens, Conde Barão, Santos e Cais da Rocha, pelo que a uma travagem e um arranque cada, resultou em seis generosos e intensos abraços sempre seguidos de Ai, desculpe, desculpe, desculpe…

Numa das vezes, ainda tentei pô-la à vontade e de bem com a consciência:
– Deixe lá, não se preocupe, eu vou partir do princípio de que não está a fazer de propósito!
– E não estou. Pode crer que não estou!
Aqui, neste exacto momento, o meu ego desfaleceu um bocadinho, mas logo despertou de novo. É que ela ainda não tinha acabado aquelas palavras e já estava dizendo estas outra vez:
– Ai, desculpe, desculpe, desculpe…
Verifiquei se ainda tinha a carteira e voltei a sorrir.

jpv


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Histórias do Autocarro 28 – Elegância Enlatada

Elegância Enlatada

Sabem aquelas imagens onde está tudo certinho mas há qualquer coisa de errado e não sabemos bem o que é? Pois bem, vinha-me acontecendo um fenómeno semelhante no autocarro 28. Em meio de toda aquela normalidade laboral de pessoas vestidas para o trabalho com as faces da manhã que começa e do ponto que espera ser picado, no meio de todo este cinzento comum na vida da grande urbe, havia uma nota de cor.

É magra. Alta. Tem a face fina e alongada. Os olhos brilham cor de amêndoa. O cabelo é loiro e liso. Normalmente trá-lo sobre os ombros. Por vezes apanha-o e fica com um ar mais “executivo”. Coloca sempre batôm e uma base na cara que lhe dá um aspecto cuidado e distinto. Passa uma sombra discreta nos olhos e arranja as sobrancelhas. Pinta as unhas. Veste calças vincadas e sapatos de verniz e um casaco comprido, preto, de onde emerge uma écharpe que traz ao pescoço. E coloca-se na fila do 28, entra com os outros todos e procura um assento nos primeiros bancos. Quando não o encontra vago, a sua elegância segue de pé, enlatada como todas as outras, presa ao varão com uma mão e do braço esticado pende uma mala a dar com os sapatos. E nada disto parece perturbá-la. Incorporou este ritual na sua elegância ou, se quiserem ver ao contrário, trouxe a sua elegância para os rituais de todos nós.

É fresco vê-la. É agradável. Normalmente fica-se com a sensação de que a normalidade também pode ser colorida com a paleta da elegância e do bom gosto. E assim, o 28 fica mais completo, mais universal na sua passerelle de trabalhadores matinais em trânsito.

jpv


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Histórias do Autocarro 28 – Pois Parece!

Pois parece!

Quem me conhece, sabe que eu sou uma pessoa razoável, multicultural e aberta, logo, nada sectária ou segregadora de realidades alienas à minha. Sou mais do tipo inclusivo do que discriminatório.

Feito o aviso, deixem-me lá reagir com naturalidade ao que vi um dia destes no 28.
O tipo não batia bem. Pronto, podem chamar-lhe outra coisa mas esta é a universal expressão que melhor se lhe aplica. Tinha mesmo qualquer coisa solta na caixa dos parafusos.

Quando entrou no 28 vinha a falar alto. Tossia. Era sobre política. Já não sei o que disse, mas esgalhou ali umas teorias financeiras para salvar o universo. Sentou-se. Tossia. Depois, sem aviso, e num tom de voz que se fazia ouvir em todo o autocarro, mudou de assunto. Começou a falar de fado. Quem era bom, quem era mau, quais os melhores fados. Tossia. E fazia perguntas a quem ia ao lado dele. Como não obtinha resposta, tossia e continuava a teorizar. De repente, sem que nada o fizesse prever, levantou-se e começou a cantar um fado. Arranhava-o bem alto e todo o 28 0 ouvia. “Que estranha forma de vida”. Irónico, pensei. Ele é que tinha uma estranha forma de vida. Mas não me incomodava. Excepto quando fazia de propósito para tossir para cima das pessoas. Só que, enquanto cantava, não havia tosse, só cantoria. E lá foi cantando e deslocando-se para o fundo do autocarro e quando lá chegou virou-se para a porta como quem vai sair e continuou cantando. Quando o autocarro começou a travagem de aproximação à paragem, o fadista parou subitamente de cantar, bateu com uma mão na testa e disse:
– Eh pá, parece que estou maluco. Não é aqui que eu quero sair!
E sentou-se de novo no banco.

jpv


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Histórias do Autocarro 28 – A Mulher que dizia Palavrões

A Mulher que dizia Palavrões

Não era preciso dirigir-lhe a palavra. Bastava olhar para ela ou, simplesmente, sorrir. Qualquer coisa constitui para si uma provocação como se todo o universo se tivesse reunido para conspirar contra si. A razão por que conto a sua história, narrativa breve e simples, tem a ver com um pormenor de linguagem. Ou melhor, dois. O primeiro é que tem o hábito de dizer que não vai dizer palavrões:
– Não me puxem pela língua… O que vale é que eu fui bem educada e não digo palavrões, senão…
O segundo é que depois de dizer que não vai dizer palavrões, solta-os de enfiada como se não houvesse amanhã ou fosse morrer engasgada com eles:
– Não me puxem pela língua… O que vale é que eu fui bem educada e não digo palavrões, senão mandava o estrangeirinho à merda ó o caralho. O cabrão deve julgar que é dono desta merda toda e a gente está aqui de cu para o ar p’ró servir.
Ora bem, não vos zangueis comigo, caros leitores, nem fiqueis mal impressionados. A verdade é que vos dei a versão suave e audível. A seguir ao estrangeiro zangou-se com um homem que lhe disse para não dizer palavrões, depois com uma senhora que se riu quando ouviu a segunda rodada e quando saiu do autocarro ainda ia a vociferar contra o mundo no mais agressivo vernáculo que se possa imaginar.
Uma coisa eu garanto, aquilo foi em crescendo, ou seja, sempre que se sentia provocada, a fiada vernácula era maior e menos audível…
Outra coisa eu garanto, a viagem foi diferente. Menos sisuda!

jpv


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Histórias do Autocarro 28 – A vida dela em 20 minutos

A vida dela em 20 minutos

O autocarro 28 que liga o Restelo à Portela e volta anda a surpreender-me.

Será possível conhecer a vida privada e íntima de uma pessoa entre a Av. Infante Santo e Santa Apolónia num percurso que demora entre 20 e 30 minutos?

Claro que sim. Desta vez havia pouco trânsito, não chovia, logo, a coisa foi breve. Vinte minutinhos apenas. Tinha uma voz serena e um olhar tranquilo. O telemóvel pendurado ao pescoço, um fio para onde falava e outro com phones por onde ouvia. Assim que entrou, a geringonça apitou e a conversa começou. Falava olhando para a rua como se estivesse a conversar com o vidro. Não sei se chegou a aperceber-se de como se estava a expor, mas ficámos todos a saber o seguinte:

– Estado civil.
– O que pensa do ex-marido e família.
– De como o processou.
– Porque o processou.
– Que indeminização espera.
– Quantos filhos tem.
– Como se chamam.
– Porque não quer de novo homens na sua vida.
– Que companheiros tem.
– Como se encontra com eles.
– Onde se encontra com eles.
– Como se chama a pessoa que propicia os encontros.
– Onde vai estar no próximo fim-de-semana.
– Com quem vai estar no próximo fim-de-semana.
– O que pensa da vida.
– Como pensa que as pessoas se devem comportar umas com as outras.
– O que pensa da amizade e o que vale para si.

Tudo enquanto falava com, e cito, “O cota mais curtido que existe” que, também se soube, era seu tio e se chamava… sim ela disse!

jpv


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Histórias do Autocarro 28 – O Maluco

O Maluco

É jovem. Tem menos de 40 anos. É baixo, atarracado e forte. A proeminência que traz à sua frente e a que chama barriga quando lhe dá uma palmada a atestar que está cheia indica bons tratos e más escolhas. Veste um fato-de-treino azul com duas riscas brancas e nada disto faz dele maluco. Nem a forma como se movimenta porque anda pelo autocarro 28, da Portela para o Restelo ou ao contrário, como qualquer um de nós, os outros todos. Não fui eu que o baptizei de maluco do autocarro. A primeira vez que o vi estava eu a meio da viatura e, ainda ele entrava à porta, quando um passageiro ao meu lado disse em tom de desabafo:
– Lá vem o maluco do autocarro!

O problema dele é quando abre a boca. Acontece que foi precisamente por ter aberto a boca que resolvi escrever este texto. O maluco do autocarro diz palavras impronunciáveis, interrompe as frases, volta ao início, salta para outras ideias sem acabar as primeiras, enfim, o caos discursivo total. A juntar a isto, mistura vocabulário regular com vocabulário erudito e rebuscado sem que as frases façam sentido e, para cúmulo, introduz obscenidades no discurso como se estivesse dizendo umas palavras como outras quaisquer. E até talvez sejam.


Acontece que, no meio de um discurso imperceptível, faz parágrafos de perfeito inglês e quando digo perfeito, refiro-me à correcção vocabular e à estrutura frásica. Do mesmo modo, consegue também umas frases em português ou mistas, português e inglês, onde, no meio do caos, dos palavrões, da ausência de significados coerentes, produz um parágrafo correcto, uma ideia acertada. Ora, é uma dessas que aqui me traz hoje. É que não foi só um parágrafo acertado. Foi uma síntese de um complexo problema educacional que vivemos na sociedade moderna. O maluco do autocarro condensou num só parágrafo o que teses inteiras na área das ciências da educação ainda não conseguiram discernir.

Ia no 28 um grupo de jovens entre os 15 e os 17 anos. Alguns beijavam-se afanosamente querendo gastar os beijos todos que vinham com o bilhete do autocarro, outros diziam parvoíces propositadamente audíveis em toda a viatura e, no conjunto, faziam aquele alarido próprio da idade da acne. O maluco do autocarro contemplou-os, tirou-lhes as medidas, fez-lhes a raiz quadrada e, depois de uma série de frases palavrosas e imperceptíveis, disse:
– Sabem qual é o problema da juventude? O problema deles é que só querem computers mas depois não sabem fritar um ovo! Teoria? A teoria tenho-a eu toda, home, o que é preciso é a prática, é quem saiba fazer. ‘Tá tudo f…


E pronto. Engavetei. Levei para casa e se um dia vier a fazer uma tese de doutoramento em Ciências da Educação, fica aqui prometido que arranjo maneira de citar o maluco do autocarro. Excepto a parte do f…, claro!

jpv