Monthly Archives: Janeiro 2014
Onde Adquirir "De Negro Vestida"
(Ligações Diretas para o Livro)
Chiado Editora
FNAC
Wook
Bertrand Online
Livraria Les Enfants Terribles
Cinema Nimas
Av. 5 de Outubro, 42B
1050 Lisboa
Livraria Nun’Álvares
Rua 5 de Outubro, n.º 59
7300-133 Portalegre
Livraria Papelaria 115
Praça 8 de Maio, n.º 29
3000-300 Coimbra
Livraria Branco
Rua Dr. Roque Silveira, n.º 95
5000-630 Vila Real
Livraria Caminho
Rua Pedro Santarém, n.º 41
2000-223 Santarém
Representações Online
Praça do Comércio, n.º 108
4720-337 Ferreiros AMR
Livraria Brinco Livro
Rua Alexandre Herculano, 301
3510-038 Viseu
Livraria Universo
Rua do Concelho, n.º 13
2900-331 Setúbal
Livraria de José Alves
Rua da Fábrica, n.º 74
4050-246 Porto
Livraria Esperança
Rua dos Ferreiros, 119
9000-082 Funchal
Nazareth e Filho
Praça do Giraldo, 46
7000-406 Évora
Livraria Graça
Rua da Junqueira, n.º 46
4490-519 Póvoa do Varzim
Aliete S Clara Brito
Avenida 25 de Abril, lote 24 R/C
8500-511 Portimão
Livraria Caravana
Morada Sede: Av. 25 de Abril, Edf. Vila Flôr 6º
8100-596 Loulé
Livraria Papelaria Meneses
Rua da Sobreira, n.º 206 Paços de Brandão
4535- 297 Aveiro
Apetecia-me Falar de Praxes Académicas
O Lobo de Wall Street
O Lobo de Wall Street
Citação do Tempo
E, então, Madalena.

E, então, Madalena.
Na distância,
A luz.
No silêncio,
A dor amansada.
Nos teus olhos,
A alvorada da vida.
Nas tuas mãos
A estrada certa
E definida
De amanhã.
No teu sorriso,
um jardim de flores,
Borboletas de todas as cores
Cortando o ar frágil
E incerto.
Na tua recordação,
O longe
Se faz perto.
A vida toda
Podias ser tu.
As alegrias,
As incertezas,
A comoção
De ver-te
Perseguir
Uma bola que rola pelo chão.
Hoje,
Não podes ler estas palavras,
São longas
E complexas
E não rimam
Com a simplicidade ingénua
Da tua idade.
Ainda és frágil
E pequena
Mas, em breve,
Todo o mundo será teu.
E, então, Madalena,
Virás explorar
O peito de um homem que morreu.
Nas palavras
Que se farão curtas
E óbvias.
jpv
Crónicas de África – O Conselheiro Matrimonial
O Conselheiro Matrimonial
Maputo, 16 de janeiro de 2014
Crónicas de África – O Terceiro Pesadelo
O Terceiro Pesadelo
Maputo, 14 de janeiro de 2014
De Negro Vestida – Primeiros Pontos de Venda
Lamento do Viajante Solitário
Lamento do Viajante Solitário
Já te sinto ao longe,
Ó sol redondo e grande e vermelho
Que nasce ao contrário
E se põe nas minhas costas.
Já te sinto sob os pés,
Ó terra de sangue
Que cheira a vida
E brota meninos descalços.
E amo as tuas cores
E as tuas gentes
E sinto tudo
O que sentes.
Já te pressinto a humidade
E o calor,
Já te vejo a bátega torrencial
De impiedosa chuva,
E já oiço as saudações
Dos vizinhos e dos amigos.
E já escuto o que o povo canta
O que o puto anónimo diz.
E sou feliz.
Por ti. Em ti. Contigo.
És minha essência
E minha verdade.
És meu chão,
Minha pátria de vencer,
Acolhimento e aconchego.
E choro.
Há outra terra.
Escura e fria.
Onde chove de noite
E neva de dia.
E há uma lareira ardente
Que se paga,
Uma porta que se tranca,
Uma janela que se fecha,
Um cão que baixa a cabeça
E chora por dentro.
E há um filho órfão de mim,
E uma família acenando
Um incerto e chorado adeus.
Há amigos que sorriem de dor
E querem atenuar os meus
Pecados.
Esses,
Cometidos estão.
E só se redimem de verão em verão.
Amo uma e outra
E não há nesse amor
Culpa nem perdão.
Mas há a distância.
Há a errância.
Há a solidão.
Há um estar sempre
Onde se não está,
Esse constante cá e lá
Que dói e fulmina
A intenção.
E cresce em mim a intraduzível saudade
Um peito que se enche
E esvazia,
Um não saber que querer
Querendo tudo,
Um poeta,
Um bardo no peito,
Um estar sempre sem jeito.
Uma viagem
E um viajante para ela,
Homem tisnado e forte
Que estende e iça a vela
E chora seu fado,
Lamento solitário…
jpv











