Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


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Colar Cartazes – Imaginação na Feira da Ladra

Há razões que me levam periodicamente a regressar à Feira da Ladra. É um ambiente irrepetível, tem pessoas pitorescas e únicas, há conversas fabulosas, compram-se livros interessantes e chávenas de café para colecionadores. E, quanto mais não fosse, estas seriam razões de sobra para continuar a voltar.

Na última vez, passada terça-feira, encontrei algo de tão curioso e imaginativo que resolvi divulgar. Um grupo de jovens resolveu abrir um
“Posto de Turismo Não Oficial” e construir uma série de cartazes e sinais com conselhos, indicações e informações tão duvidosas quanto engraçadas. Sorri. E como costumo partilhar aquilo que me deixa bem disposto, aqui fica para os amigos leitores. Atenção que o segundo cartaz é só para adultos… é que tem algum vernáculo…
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Cozinha para Homens – Feijoada à Transmontana

Cozinha para Homens – Feijoada à Transmontana

Não esqueçam os leitores e as leitoras de que esta rubrica se chama “Cozinha para Homens” o que equivale a dizer que MPMI não pretende concorrer com as senhoras, mas tão somente ajudar a desenrascar os machos da Diáspora Lusitana espalhados por esse mundo fora.


A presente receita pode ser muito útil a namorados, a maridos recentes e a divorciados. Os maridos acomodados tirarão menos partido, mas não faz mal nenhum lerem estas reflexões e preciosas instruções de confeção.


Toda a gente sabe que uma feijoada é uma feijoada e não dignifica nada saber fazer uma feijoada e a razão é simples, resume-se a atirar com carne de porco e enchidos para dentro de um tacho, juntar-lhe uma carrada de feijões, temperar, fazer um arroz branco e já está. Ora, isso, qualquer um é capaz. O difícil, logo, valorizador de quem for capaz, é fazer uma feijoada que fuja a essa normalidade. E a Feijoada à Transmontana é o melhor exemplo. Saber fazer uma Feijoada à Transmontana é equivalente a tocar uma partitura de Rachmaninoff, isto é, piano qualquer um toca, Rachmaninoff só os mais experientes e capazes. É distinto. Assim, se for o novo namorado dela, ela vai querer que seja aprovado pelo seu clã e para isso nada melhor do que provar que está apto a ajudá-la e a ser o futuro marido, nomeadamente cozinhando pratos típicos e de assinalável dificuldade. Se for o marido recente, é o prato ideal para provar à família dela que ela fez uma excelente escolha, você até sabe fazer Feijoada à Transmontana! Se for o caso de ser divorciado, há sempre aquele momento em que a sua Ex e a família dela vão querer saber se você se está a desenrascar sem ela. A forma de os calar a todos é fazer para eles ou para os seus filhos, e pedir-lhes que espalhem a notícia, a famosa e elaborada Feijoada à Transmontana.


Bem sei que isto pode parecer uma tarefa difícil, mas não temam companheiros, vai correr tudo bem… e, tomem boa nota do que vou dizer-vos, a receita que vou facultar-vos já foi testada e todos os comensais repetiram e deram vivas e elogios ao cozinheiro. Ora vamos lá…
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Feijoada à Transmontana para 8 pessoas

Ingredientes:

4 garrafas de vinho alentejano muito bom, 1 ramo de coentros, 4 bagas de piri-piri muito picante (o chamado sacaninha), 1 Kg de arroz vaporizado, 1 rolo de sacos do lixo pretos e opacos de 20 Kg de capacidade, 8 latas de 1 Kg de Feijoada à Transmontana pré-cozinhada (todos os supermercados têm, as da marca Continente são particularmente boas!).

Preparação:

Ponha a mesa para 8 pessoas, abra as quatro garrafas de vinho e coloque-as sobre a mesa para o vinho respirar, abra as 8 latas de Feijoada à Transmontana pré-cozinhada e verta o conteúdo num tacho grande, coloque em lume brando, deite três quartos dos coentros migados e as quatro bagas de piri -piri cortadas aos bocadinhos e mexa em movimentos lentos com uma colher de pau, coza duas canecas de arroz e tempere de sal a atirar para o insosso, coloque as latas vazias num dos sacos pretos opacos e guarde no porta-bagagens, tranque o carro. É fundamental que a reação ao preparado não seja desvirtuada pela visão das latas vazias. Uma vez bem aquecida, coloque a Feijoada à Transmontana em duas ou três travessas, ponha o resto dos coentros sobre a feijoada, ponha o arroz em duas taças de aspeto rústico, coloque tudo na mesa acompanhando com comentários muito sapientes sobre a preparação da feijoada que você leu na Internet na noite anterior. Sente-se e coma com satisfação dando o exemplo e dizendo esta frase: “A mim está-me a saber às mil maravilhas e a vocês?” Usufrua dos comentários elogiosos. Nota Final: nunca, nunca, mas mesmo nunca, em circunstância alguma, refira a ninguém, mesmo a ninguém, o segredo do seu sucesso. É que nunca se sabe o dia de amanhã.

Ainda não se tinha lembrado desta, pois não? Não tem quê!

jpv


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Cozinha para Homens – Caipirinha à Brasileira

Cozinha para Homens – Caipirinha à Brasileira

O título desta receita é de uma redundância inócua e desnecessária. Ou seja, caipirinha que é caipirinha, a verdadeira caipirinha, só pode ser brasileira, logo é absolutamente desnecessário colocar isso no título. Até aqui tudo parece correto, o problema é que temos sido invadidos, ultimamente, por variações mais ou menos originais de caipirinha que pretendem intitular-se com esse nome ou outros parecidos à pala de acrescentarem ou substituírem ingredientes. Ele é as caipiroscas, os caipirões, as caipirangas, uns com vodka, outros com brandy, outros com licores diversos incluindo de morango. Até já vi vender caipirinha em pó!!! Basicamente, qualquer mixórdia alcoólica que leve limas, pode ser uma caipirinha… tá errado, tá errado. Há que respeitar as idiossincrasias culturais, as especificidades regionais e, sobretudo há que não subverter.

Então é assim, e não é complicado: digam o que disserem as revistas e os tipos que aparecem na televisão, a Caipirinha à Brasileira só leva 4 ingredientes e só tem duas versões de preparação. Os ingredientes são cachaça, limas, açúcar amarelo e gelo. As formas de preparação apresentam-se de seguida. Mai nada!

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Caipirinha à Brasileira – Versão 1

Ingredientes:
Cachaça, limas, açúcar amarelo e gelo.

Preparação:
Compre 1 litro de cachaça, 1 Kg de limas, 1 Kg de açúcar amarelo e um saco de gelo caso o seu frigorífico não faça. Pegue num copo baixo e largo, esprema e esmague duas limas dentro do copo, pique o gelo e coloque até meio do copo, deite uma colher de sopa de açúcar amarelo por cima do gelo, regue tudo com cachaça até encher o copo, mexa vigorosamente, afinfe-lhe com duas palhinhas e ofereça à miúda mais gira da sala. Depois faça outra  para si e beba. Repita o processo até achar que fez a caipirinha perfeita. Quando isso acontecer, está na altura de parar de beber!

Caipirinha à Brasileira – Versão 2

Ingredientes:
Cachaça, limas, açúcar amarelo e gelo.

Preparação:
Compre 1 litro de cachaça, 1 Kg de limas, 1 Kg de açúcar amarelo e um saco de gelo caso o seu frigorífico não faça. Convide duas amigas brasileiras para beberem umas caipirinhas à noite em sua casa. Como elas são brasileiras, vão querer mostrar que sabem fazer a melhor caipirinha do mundo porque é um produto da terra delas. Aceite a generosidade delas e ofereça os ingredientes. Sente-se no sofá confortavelmente a ver um episódio do CSI. Quando elas chegarem com as caipirinhas prontas, desligue a TV e divirtam-se os três até estarem no estado de ninguém se lembrar de nada no dia seguinte.

A primeira versão é mais adequada para self-made-man com laivos de sensibilidade e tiques de igualdade de géneros.

A segunda é para espertalhões que a levam certa!

Em todo o caso, tudo o que fugir destes quatro ingredientes não é caipirinha. Do mesmo modo, se a nacionalidade das amigas não for brasileira também não é caipirinha.

Divirta-se! Hic…
jpv


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Colar Cartazes – A Sustentável Leveza da Ruralidade

Caros Leitores e Amigos,

Como já vão sabendo, de entre as muitas coisas que me atraem nesta vida, a publicidade e as feiras têm lugar de destaque. A publicidade porque cristaliza momentos de inspiração ou… pura parvoíce! Sendo que a parvoíce é algo bem interessante de se analisar. É, como se diz da composição de certos detergentes, um princípio ativo. As feiras porque são autênticos viveiros de ruralidade, de genuinidade e estão repletas de motivos de interesse.

Hoje, faço um post que toca as duas áreas. De resto, não é fenómeno virgem neste blogue. Não vou contar o meu dia. Limito-me a descrever o que fui encontrando…
A caminho da feira, costumamos fazer uma paragem numa localidade onde está aberto um barzinho às primeiras horas de luz. Toma-se um cafezinho e acorda-se para o dia. Hoje, reparei pela primeira vez que se pode lá encomendar bolos. Não estranhei que fossem de aniversário, baptizado ou casamento, já quanto aos últimos… não pude conter uma risada sonora e matinal!

Já em plena feira, reparei nesta inovação da tecnologia que já chegou aos preços em conta: a bela da peúga medicinal. E o que é que ela tem de medicinal? Ora, não é o que ela tem, mas o que ela não tem. A peúga é medicinal porque vem sem elástico! Isto é que é olho para o negócio. Menos matéria prima, mais dinheiro, desde que haja um cartaz a anunciar!

Ainda a propósito da peúga medicinal e para os leitores não julgarem que estou a “regar”, aqui fica o testemunho, meia dúzia, cinco euros e repare-se que o toclante até tem uma cruz a indicar que é medicinal. Mai nada!

Crise? Qual crise? No Portugal profundo só vive mal quem não sabe viver… e só anda descalço quem não sabe calçar. Senão vejamos, é lá que está a promoção do ano onde se pode comprar calçado desde os 10€ . E mais, o amigo cliente não leva dinheiro consigo? Não se acanhe por estar numa feira. Aqui também há serviço Multibanco!

Quando o estômago começou a dar horas, procurámos um local para repasto. E não é que avia um onde avia sandes… Ai, ai, ai… os preços não eram maus, mas nada batia…

… nada batia a campanha de verão onde na compra de um frango por 5 euros se oferecia uma T-Shirt! Uma vez que se adquiria um frango, podia dar-lhes para oferecer uma bebida, umas batatas, sei lá, uma saladinha… mas qual quê… ele vai de T-Shirt e mai nada!
E, por fim, mas não menos importante, depois de tantos anos de escavações e buscas à procura do Minotauro, eis que estava, ainda viva e fresca, numa feira portuguesa, com certeza, a Minotaura… E então se aquilo é um par a valer… Muuuuuu!
jpv


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Baú das Memórias – ORION Nº3

Dois anos depois do Nº 2, em agosto de 1990, publicava-se o Nº3 da revista ORION.

Este viria a ser o último número da revista e trazia significativas diferenças em relação aos dois primeiros. Toda a conceção tinha o mesmo aspeto artesanal, mas, na verdade, o processo foi mais elaborado.

Na capa, a expressão “Revista de Poesia” foi substituída por “Revista de Criação Literária” por via da profusão de textos em prosa. No interior, surgiam, pela primeira vez, ilustrações junto aos textos. A revista foi impressa nos Serviços Regionais de Coimbra do Instituto da Juventude e, por essa razão, no verso foi impresso o logotipo daquela instituição bem como o preço de capa que os autores estabeleceram: 150 escudos. Não sei se alguma vez se produziu algum dinheiro com a sua venda. Todo o processo era agora gerido por Graça Nunes.

O elenco de autores deste número foi:
João Paulo Videira
Graça Nunes
Paulo Alexandre
Carmen Sofia Gonçalves
José Fernando

Destaco, deste número, um texto meu. Assim escrevia há 22 anos…

jpv
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Há três horas
Uma hora não chega.
Há três horas
Eram quatro.
Há três horas
Mil sonhos sonhei
Mil cantigas cantei…
O meu espectador não veio.

– Algum tempo mais tarde –

Há três vidas
Espero uma.
Há três vidas
E o espectador já morreu.
Há três vidas
Que não cesso
De procurar
O espectador que sou eu!

João Paulo Videira

Orion nº3 – 1990


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Baú das Memórias – ORION Nº2

Um ano depois, em maio de 1988, com um elenco de escritores diferente, publica-se o nº2 da revista de poesia ORION. 

Uma das autoras, Graça Nunes gosta do projeto, agarra nele e dá-lhe nova vida. A publicação foi sujeita, de novo a venda antecipada de exemplares, mesmo antes da sua impressão. Uma vez concluída a edição foram distribuídos os exemplares por quem havia comprado.

Os autores foram:
Graça Nunes
Paulo Alexandre
João Paulo Videira
José Fernando

Este número era menos volumoso e continha textos em prosa. Este facto viria a mudar a designação da revista, mas isso deixo para o próximo Baú de Memórias. Por agora destaco um texto do nº2, da autoria de José Fernando.
jpv

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Tenho saudades de nada
Do que ainda não vivi.
E são tantas as recordações
Que por vezes as esqueço
E me disfarço por dentro a branco
E fujo de volta ao sítio onde estou.


José Fernando
Orion nº2 – 1988


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Baú das Memórias – ORION Nº1

Em 1987, por volta de maio, um punhado de colegas, estudantes universitários, publicou o nº1 de uma revista de poesia intitulada ORION.

Lembro-me que tivemos a ideia no início do ano, escrevemos um texto de apresentação que líamos às pessoas a quem pedíamos que pagassem um número da revista caso reuníssemos toda a verba para a publicação. Se não juntássemos o dinheiro todo devolveríamos a contribuição de cada um.

Felizmente foi possível fazer a publicação e, com inexperiência, com textos muito incipientes, mas cheios de fé nas nossas capacidades, publicámos as nossas poesias pela primeira vez em livro. Foi uma verdadeira aventura.

Os primeiros autores da ORION foram:
António Andrade
Fernando Mina
João Paulo Videira
José Fernando
Quia
São Saúde

Venho saudar os jovens autores de então. Venho saudar o espírito empreendedor. Venho saudar a poesia. E, claro, venho saudar todos os leitores do mundo.

De todos os textos, escolhi um para vos mostrar. Não é meu. É da São Saúde. Achei-o tão bonito e tão bem feito que o decorei para sempre e quando reencontrei a autora, 20 anos depois, recitei-lho!

Um dia destes, falo-vos dos outros números. Houve três!
jpv


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O crime perfeito
Com o perfeito alibi
Foi eu ter nascido
Da alma que despi.
Ninguém o descobriu,
Ninguém desconfiou;
Foi o mar que me engoliu
E depois me vomitou.

São Saúde
Orion Nº1 – 1987


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Crónicas de Maledicência – Tento na Língua


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Crónicas de Maledicência – Tento na Língua

Ontem estava a ver notícias sobre os Jogos Olímpicos na TVI 24 e catrapuz, espetam-me com um comentário de rodapé com um erro ortográfico. Tive tempo de ligar o telemóvel, tirar a foto calmamente e guardá-la até que retirassem de lá o comentário.

Adultos e crianças estiveram a ver aquilo, ou seja, expostos a um erro ortográfico grosseiro, durante um período de tempo considerável.

Mesmo tendo em conta que a Língua Portuguesa não é fácil, mesmo tendo em conta que o Acordo Ortográfico não veio ajudar a clarificar nem a facilitar, mesmo tendo em conta que eu sou um picuinhas com as questões da Língua Portuguesa, parece-me que um órgão de comunicação social deveria ter outro cuidado, outro rigor e uma atenção especial para as questões da nossa Língua. De resto, o erro que se vê na imagem nem sequer é uma gralha. Trata-se de um clássico!

Enfim, este fenómeno não é um exclusivo da TVI 24, infelizmente! Aparece por todas as estações de televisão e a verdade é que bastava um pouco mais de atenção e… tento na língua!

Tenho dito!

jpv


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Cozinha para Homens – Bife com Batatas Fritas

Cozinha para Homens – Bife com Batatas Fritas

Um dia destes presenciei essa tradicional disputa que toda a gente faz sobre quem são os melhores na cozinha. As mulheres ou os homens. A conversa normalmente deriva para dois argumentos fáceis, previsíveis e muito batidos: elas cozinham para o dia-a-dia, eles cozinham quando querem.

Como estou de férias, posso dar-me ao luxo de pensar nestes problemas sérios da Humanidade. Aquilo a que chamo “As costuras da Criação”. Resolvi analisar esta problemática e fazer, simultaneamente, aqui no MPMI, uma
Secção de Cozinha para Homens. Mai nada!

Pois, eu tenho uma teoria. A nossa dificuldade reside no seguinte. Reconhecemos inegáveis artes culinárias às mulheres porque foram elas que, ao longo da nossa vida, nos trataram da paparoca, nos confortaram a barriguinha. Primeiro as mães e as avós, não há, nunca houve nem nunca haverá melhores batatas fritas que as da avó, durante a infância e juventude e depois as nossas patroas ao longo da vidinha. Ou seja, a culinária delas é indispensável pelo caráter utilitário e é mágico por ser a culinária dos afetos…

Por outro lado, eles singram e vencem nas grandes cozinhas. Também aqui a razão me parece ser simples ainda que não óbvia. As mulheres têm um caráter mais preocupado e complexo. Lembram-se de tudo e são extremamente cuidadosas e meticulosas. Isto estraga a cozinha porque a torna demasiado elaborada, condimentada e preparada. Perde-se o verdadeiro sabor dos ingredientes.

Já os homens são mais pragmáticos, mais simplistas e diretos na abordagem dos problemas e há mesmo quem nos chame “básicos”. Ora, esta tendência para descomplicar é fundamental na cozinha. Esta preguiça mental leva-nos a excluir o espúrio, a não acrescentar aquilo que é difícil de procurar e leva-nos a optar por soluções óbvias e simples. E é esse o nosso maior trunfo porque emergem os sabores verdadeiros dos ingredientes centrais.

Por exemplo, e isto é só um exemplo, um bife com batatas fritas feito por uma mulher há de saber a louro, a alho, a pimenta, a rosmaninho, a sal e a piri-piri e, com um bocadinho de sorte, ainda leva umas natas e uns cogumelos. Acompanha com batatas fritas, arroz e salada de alface e tomate. O mesmo bife feito por um homem sabe a bife e a sal! Pois, mas afinal de contas estávamos a cozinhar o quê? E, claro, acompanha com batatas fritas!

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Bife com Batatas Fritas:

Ingredientes
– Um bife tenro. Não interessa de onde é. Peça tenro e confie no talhante. Ele é homem, logo, sabe o que você quer. Para um tipo bem constituído, pode ter 300 a 400 gramas. Menos do que isso é para fraquinhos!
– 250 gramas de batatas congeladas de pacote. Compre, no supermercado, um saco de 1Kg de batatas para fritar. É prático e dá para quatro vezes. Não se meta com frigideiras. Dá trabalho, faz lixo, cheira a óleo, além do que faz mal à saúde. Vá a uma casa de eletrodomésticos e compre uma máquina para fritar batatas sem óleo. Sim, existe! São eficazes, não deitam cheiro, faz bem à saúde e as batatas ficam sequinhas. Vale o investimento. Aquilo faz mais um monte de cenas mas não interessam para nada. Não se meta nisso. Não complique. 

Preparação:
Meta as batatas na máquina durante 20 minutos, ponha sal no bife, pegue numa mini fresquinha e vá ver 10 minutos de resumos da bola ou de formula 1. Ao fim de 10 minutos, coloque o bife numa chapa ao lume. Espere um minutinho ou dois, dê-lhe meia volta e espere mais um minutinho ou dois. Ponha a mesa. Não esqueça que a faca deve ser daquelas de serrilha com cabo de madeira. Ponha o bife num prato, desligue a maquineta das batatas (ela apita o que é porreiro porque o resumo da bola podia ser comprido e a malta queimava aquilo tudo), coloque as batatas no mesmo prato, traga a segunda mini e coma descansadinho da vida um bife a saber a bife. Ficou com um ratinho no estômago? Repita tudo de novo! Não, não é vergonha nenhuma!

jpv


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Medalhas Olímpicas

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Fernando Pimenta e Emanuel Silva, em K2 1000 metros, ficaram em segundo lugar e conquistaram a primeira medalha para Portugal em Londres 2012. Acabou por ser na canoagem que o nosso país foi às medalhas. Mais uma vez, de onde menos se esperava.

Não me importa muito que se tragam muitas ou poucas medalhas embora prefira ver os nossos atletas a ganhar. O que me importa é que tenham prestações honestas e dedicadas e quem sempre que ganhem, se lembrem que foi por Portugal e com Portugal que ganharam!

Parabéns ao Fernando e ao Emanuel!

jpv