Orvalhada
Manhã fresca
E perfumada,
Roseira singela
Gotejando da orvalhada.
Vida transparente,
Verde fresco,
Folha vertente.
Sopra, a brisa,
Os odores
Em profusão.
Cheira a terra,
Brota essência,
O Chão.
E vivo.
E renasço.
E tenho saudades
De ter partido.
É esta terra húmida,
É este chão,
É esta chuva,
Que me dá sentido.
Caminho descalço
E sinto a água lavar-me
Os pecados.
É fresca e límpida.
Veio do Céu,
Gotejando milagres,
Fecundar os rasgos semeados.
E vejo nisto
Um renascer,
Um ciclo que recomeça,
A força de viver
Na luz que atravessa
Cada gota que brilha
E promete
O Sol que reflete.
Tenho no peito
A esperança renovada
Porque é fresca, a manhã,
E perfumada!
jpv

26/08/2012 às 04:31
Por isso gosto tanto das manhãs…
A esperança sempre chega com um novo dia.
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26/08/2012 às 03:07
Obrigado pelo gentil comentário, Ana. Volte sempre que será muito bem-vinda e recebida! Beijinho, jp.
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26/08/2012 às 01:19
…antes de mais parabéns pelo blog, ainda só tive tempo de dar uma olhadela rápida mas já fiquei fã é simplesmente maravilhoso, vou seguir e quando tiver mais tempo prometo voltar com “olhos de ver” 🙂
Quanto a este post…sou fã incondicional de poesia e apesar de não ser perita no assunto adorei o poema.
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25/08/2012 às 18:24
Obrigado, Mariana, muito gentil comentário. Ainda bem que fez sentido para você.
Beijinho D!
Às duas: já hoje andei a espreitar os vossos cantinhos!
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25/08/2012 às 18:13
Puro e fresco. Adorei!
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25/08/2012 às 18:04
Lindo é simples!! É disso que eu gosto, ver beleza na simplicidade, ver além… Sei lá amei esta singela poesia, me tocou fundo neste momento de minha vida, um ciclo que se fecha e outro que abre…
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