Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


Deixe um comentário

Os Destemidos – Seremos Campeões

Vote aqui:
760 101 004

A Mana que dá nome a este blogue a que os leitores dedicam alguns momentos por dia, candidatou-se com um grupo de colegas e alunos ao concurso da RTP1, Canta Portugal, para escolha do Hino da Seleção Nacional de Futebol durante o Euro 2012.

O projeto é muito interessante porque não é individual. Trata-se de uma canção cuja música é da autoria dos Técnicos Superiores da Câmara Municipal da Lousã que são responsáveis pelas Atividades de Enriquecimeto Curricular e cuja letra foi construída em conjunto por esses técnicos e as crianças que as cantam, ou seja, cerca de 70 jovens do 1º e 2º Ciclo do Ensino Básico. Chamam-se “Os Destemidos” e cantam “Seremos Campeões”.

É uma melodia que fica no ouvido e uma letra simples mas exortativa que apetece trautear. De resto, quem pode esquecer as palavras:

Seremos Campeões
Entre todas as nações,
Pooooortugal!

Para que possa ajudar a ser este o hino da nossa seleção, basta ligar 760 101 004 e o voto fica automaticamente registado. Os custos são os do costume (0,60€ + IVA).

Pode ver os miúdos da Lousã em ação no canal 1 da RTP e, já agora, fica aqui um cheirinho:



3 comentários

BRIIIOOOOOSA!

Por motivos de trabalho, não tive oportunidade de ver a Final da Taça de Portugal – 2012. Nem tão pouco, ainda, de saborear a vitória da Académica.

A Briosa não é um clube. É uma ideia. Uma ideia coletiva de superação, de fazer as coisas bem feitas, de constituir exemplo, de passar no exame oral, de ter uma família do tamanho de uma cidade.

A Briosa é uma devoção, um carinho, um sentir irmanado e cúmplice, é uma cidade inteira.

E não ganha muito, mas sabe ser especial quando ganha. De resto, ser da Briosa não é só ganhar, muitas vezes basta jogar bem, de forma empenhada e delineada e esse sabor de ver as camisolas negras a desenhar bom futebol sobre o relvado é já uma alegria. Claro que, quando a isso se junta uma vitória, é a receita perfeita.

No passado domingo, pelo que vi do resumo, o jogo teve tudo. Lances de perigo, grandes falhanços, emoção, sofrimento e uma festa linda no final. Hoje, um amigo disse-me ao telefone, João, quando o jogo acabou começámos a chorar como crianças! Se não fosse o trabalho, teria lá estado em corpo. Assim, estive em espírito. Estava num avião quando me telefonaram a dizer o resultado final e eu gritei sem vergonha nem pudores em pleno voo:

BRIIIOOOOOOSA!


Deixe um comentário

Quotation of the Wise Words



“If you aren’t in bed by 10, come home!”






OG’s Grandmother


5 comentários

The Dark Sweet Cherry Bunch

The Dark Sweet Cherry Bunch

A bunch of guys. Well, actually, it’s three guys and a girl. The leader on joyful mood is, undoubtedly, the Short Secret Agent, aka, SSA. He’s secret because he’s short and he’s got some of the secret agents’ weird stuff and gadgets. For instance, he had a surgery on his eyes to have some technical implants that allow him to see through women’s clothes. Nevertheless, he keeps wearing glasses. We suspect that’s a secret disguise. He’s closely followed by the Sweet Cherry. She’s from a distant civilization, never stops running and her main goal is to find the starting point. Who can understand this? Nobody sane. That’s why in The Dark Sweet Cherry Bunch we all understand her very well. She’s athletic and does all the hard work in the group like turning short things into long ones. She’s quite elegant and has all the beauty in the group. Her gadget is the sweet cherry that’s why we call her Sweet Cherry. We really don’t know what she uses it for, but we suspect it’s for hunting. She’s facing a huge problem now because in a moment of urge and madness, ASS ate her cherry. It was in front of us and he kept mumbling Hmmmm, hmmmm, hmmmm… We believe he was kind of hallucinated. Than we have The Gentleman. He’s very useful for he has this exterior respectful aspect and people really think he’s serious. So, when we need to order a glass of wine, or a beer, or a small meal, bunch people don’t eat much, he’s the one who does the job because people listen to him. Well, he also makes intelligent remarks during a conversation and he speaks English with French accent not being one or the other which is perfect for a bunch of Dark Sweet Cherries. And than we have the south mediterranean loud talking laughing guy, aka, Man. We call him Man because when addressing to him we always start by Man… He does a nice job on arriving late to important events which makes the group noticed, he distracts the enemy, when the enemy is trying to work during meals, by saying meaningless stuff very loud. Some of the group members are experiencing hearing problems… he drives them depth!

At the last gathering in between work they had several important things to do on behalf of Mankind. They had dinner together, discussed wine quality and quantity, drunk some, they had a laughter, well, several laughters, they heated Sweet Cherry’s sweet cherry and than they ate it. They tried the kiss approach but they weren’t finish, they were polish! At least for some days. They had a night walk, a lunch together in a very cosy environment, they inspected the Cathedral Island and sang Tina Turner’s last hit: “Wroclaw’s got to do with it”. There was some street dancing involved and also some groom hand-shaking and bride kissing. Everything ended up on a mixed session of Opera and football. A cultural option  that only the special people from The Dark Sweet Cherry Bunch can appreciate. And they passed through their biggest probation since ever: they listened polish on pedagogika nauczyciele program for five hours in a row… managed to survive though!
The mission is over and the Dark Sweet Cherry Bunch is ready for the next… cherry. Cheers!

Man


2 comentários

La poésie et le poète

La poésie et le poète

Elles passent
Toutes à la fois
Et aucune
T’amène près de moi.

Elles passent…
Laisse-les passer.
Tant qu’elles passent
Je vis pour t’aimer.

Elles passent
Et je ne sais pourquoi.
Tant qu’elles passent
Point je ne te vois.

Je te touche
Avec un mot,
Avec mes mains.
Je t’attends pendant la nuit
Jusqu’au sourire du matin.
Mais tu n’es pas là
Et ça ne me suffit,
Je te voudrais dans mes bras,
Mes mains…
Mon lit.

L’histoire n’est point complète.
Il faut encore dire
Que toi… tu es la poésie
Et moi, je suis le poète.
Il faut dire que je t’accueille
Dans mon cœur.
Ça, c’est sûr,
Je t’étreins dans mon âme.
Ça, c’est l’amour.

jpv


Deixe um comentário

Quotation of Memory

“My hands never will forget yours.”
Da Net


Deixe um comentário

De Porto em Porto – Outra vez Munique

20 de maio – Aeroporto de Munique – 15:33

Apesar de pequenino, o aeroporto de Wroclaw mostrou-se muito funcional e tem, de facto, um design fantástico.
Trago na bagagem o sentido do dever cumprido. Uma contribuicao ativa e dignificante do meu país e do Ministério da Educacao. Nao seria capaz de fazer outra coisa. Trago também a inestimável consideracao que me foi manifestada em termos humanos e profissionais pelos colegas da ENTEP e do Conselho da Europa. Ou seja, no regrets.
Tenho saudades da minha casa e da minha malta. Caes incluídos.

Mas a razao porque escrevo este texto é mais engracada. Finalmente, ao cabo de muitas viagens de trabalho e lazer ao longo dos anos, calhou-me voar numa Moulinex. O Otmär é que os batizou. Sao uns avioes para pequenos trajetos, muito pequeninos e que, mesmo que sejam a jato, duvido, tem umas hélices por baixo das quais vamos sentados. Aquilo faz um barulho ensurdecedor e é tudo tao pequenino que se torna desconfortável. O trem de aterragem nao é por baixo do aviao. De cada asa sai uma roda, o que é esquisito, mas o certo é que a aterragem foi perfeita.
E agora estou fazendo tempo e a pensar na minha cama que quase nao aquecerei…

jpv
Nota: texto escrito em teclado alemao, daí algumas falhas, a saber, cedilhas, acentos circunflexos e til…


1 Comentário

Where the Secret Lies

Where the Secret Lies

Keep smiling, she said.
And,
With these words,
She put,
In my dusty road,
A clear print of my own foot.

The smile.
The glow in my eyes.
That’s where the secret lies.

jpv


6 comentários

Sabemos conversar em silêncio e na escuridão dos corpos

Sabemos conversar em silêncio e na escuridão dos corpos

Sabemos conversar
Em silêncio e na escuridão dos corpos.
No terreno dos afetos fundos
Onde as palavras não são precisas.
Onde te procuro com as mãos abertas e ávidas
E por baixo de mim contorces e deslizas.
Onde arqueias um grito,
Onde tudo é simples, suave e…
Bonito!
Onde o suor escorre
E nos banha
Nessa batalha sempre perdida,
Sempre ganha.
Não é uma conversa:
É um colóquio,
Uma conferência,
Uma aula em anfiteatro,
Um congresso,
De forças e excesso.

Sabemos conversar
Em silêncio e na escuridão dos corpos.
E em cada palavra por dizer
Há um gesto que se multiplica
Num verso por escrever.
Nessa coisa intensa e bonita
Que é ter-te sob mim,
Conquistar-te o espaço,
Olhar-te os olhos,
Rasgar-te a carne com doçura
Deixar-me tomar pela tua loucura
E ser feliz.
E infeliz.
Nunca nenhuma conversa se completa.
Habita em nós dois
Um só louco e insano poeta
Da escuridão,
Das palavras desenhadas com ânsia
E apetite voraz.
Ninguém sabe
Nem é capaz
De perceber esta doce
E suave poesia.
Esta tristeza,
Esta alegria…

Sabemos conversar
Em silêncio e na escuridão dos corpos.

jpv


3 comentários

Ode à Esperança!

Ode à Esperança!

Vieste rápida e fulminante
E percebi, nesse exato
E preciso instante,
Que vinhas para cortar.
Sulcar a pele da alma.
Atraiçoar uma curva do sentimento.
E foi nesse preciso momento
Que te sorri.
E quando eu te sorri,
Começaste a cair.
Desboroaste as ideias
Até ficarem impercetíveis
E morreste emaranhada nas teias
Pegajosas
E perecíveis
Do teu labor
Insidioso.

Não vais longe.
Não é que não pudesses.
Mas ficas presa
Às tramas que tu mesma teces…

Adeus, esperança,
Adeus.
Por via dos teus erros
E dos meus
Termina aqui a nossa dança.
E enquanto ficas
Tentando perceber o que se passou
Agarro na vida e vou.
E vês-me!
E pensas que ainda sou eu.
Mas eu já lá não estou.
E esse pó que te ofusca
Pelo caminho que agora reconheces nefasto.
Não é nada, esperança, não é nada.
É só a nuvem gloriosa de meu rasto!

jpv