Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


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De Porto em Porto – Wroclaw

16 de maio – quarto de hotel em Wroclaw – 22:33

Já estudei o que tinha de estudar para fazer a minha intervenção de amanhã.

A viagem entre Munique e Wroclaw correu bem, mas ao mesmo tempo foi assustadora. Como o percurso se faz numa hora e não tem muitos passageiros, colocaram-nos num avião mais pequeno. Muito pequeno. Tão pequeno que não tem porão, ou tem um porão pequeníssimo. Conclusão: vamos sentados em nível inferior ao das asas e dos motores. Todos os ruídos ecoam na aeronave. A abertura do trem de aterragem parece que está a partir o avião todo. Tirando isto, tudo tranquilo.

O aeroporto é pequenino, mas muito funcional e tem um design muito bonito. Os primeiros contactos com os polacos revelaram pessoas muito simpáticas e bem-dispostas. Encontrei, por acaso, a representante espanhola no aeroporto de Munique quando íamos a entrar para o avião. Como íamos em zonas diferentes do avião, resolvemos encontrar-nos no final da viagem para partilharmos o taxi. O taxista, de cara arredondada e nariz adunco, como quase todos os polacos, perguntou de onde éramos e batizou-nos logo. Eu fiquei Cristiano Ronaldo e ela ficou Shakira! Para meter conversa perguntei-lhe quem ia à final do Europeu de futebol. Ele disse que ia a Polónia, Portugal e Espanha! Engraçadinho!

A cidade tem um traçado funcional, mas a urbanização está envelhecida. O que mais me impressionou foi um monumento chamado “Comboio para o Céu”. Um escultor colocou um carril e uma máquina a vapor em tamanho real apontando ao céu numa vertical quase absoluta. O taxista disse que os artistas eram malucos. Também disse uma coisa acerca dos políticos, mas é melhor não reproduzir. Eles falam inglês misturado com russo, com francês, com uma coisa que me soou a latim (talvez romeno), enfim, usam a palavra que está mais à mão.

Amanhã, por via do trabalho não deverei publicar nada, mas lembrei-me de uma coisa por causa da experiência de hoje. Este blogue já tem histórias de comboios, autocarros, metros, motos, porque não de aviões? Vai-se a ver e era uma fonte interessante..

Até Breve.
jpv


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De Porto em Porto – Munique

16 de maio – Aeroporto de Munique – 15:05 locais
Ainda faltam duas horas para o embarque. Tempo de reler uns documentos e por o blogue em dia.
Está frio. 6 graus. Notou-se bem na passagem do aviao para o aeroporto. Mas nao é geral. Aqui dentro está-se bem. Eu sei que o que vou escrever é óbvio, mas nao resisto. Eu tenho 1,72 de altura. Nao sendo alto, em Portugal sou um tipo de estatura média. Aqui sou um anao. Eu explico. Os mais baixos destes tipos, assim tipo os velhinhos já encolhidos e raquíticos, sao mais altos do que eu. Qualquer miúdo com 12/13 anos também. E elas? Sao da altura deles! Mai nada.
O aeroporto de Munique é muito confortável. Internet. Computadores sem alguns acentos e tal, mas tudo a funcionar na perfeicao, cafezinhos gratuitos nao vá aparecer algum mediterranico, jornais oferecidos só com o problema de serem alemaes e mais ninguem os ler a nao ser eles… mas há uma prateleirinha com uns americanos. Só nao tem a Bola nem o Record: nao sei onde é que este país vai parar.
Pormenor: os teclados sao tao manhosos que nem eles os sabem usar. Uma alemoa inda agora me perguntou como é que se fazia a @. Eu lá lhe disse. Devo ter acertado porque ela agradeceu. Ya, ya… dizia ela… danquechum… e eu, armado em parvo: nao tem de que, volte sempre, estou aqui todos os dias das 9 às 17. Ela riu-se e foi à vida dela que é como quem diz, escrever um e-mail.
Bem agora vou estudar um bocadinho… a ver se mais logo arranjo um teclado melhor. Noutro país… cá para mim… acabou-se a sorte!
jpv


Nota: texto escrito em teclado alemao, daí algumas falhas, a saber, cedilhas, acentos circunflexos e til…


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De Porto em Porto – Lisboa

16 de maio – Aeroporto de Lisboa – 8:40

Estao já mais de 20 graus. A manha nasceu luminosa.
O comboio ainda durante a noite. A expectativa da partida. As pessoas multinacionais circulando em seus afazeres, os sons próprios de partir, a responsabilidade na bagagem. Ingredientes de uma manha menos igual às outras.
jpv
Nota: texto escrito em teclado alemao, daí algumas falhas, a saber, cedilhas, acentos circunflexos e til…