
Praia
Tinhas a presença leve.
Chegavas quase sem deixar marca
Na areia da minha emoção.
Vinhas como quem se atreve
A despertar um coração.
E ficaste passeando
A minha existência,
Entregando ao homem
A consciência
E o poder
De se reinventar.
Ficaste como areia
Que aguarda a batida suave
Do mar.
E os ventos sopraram
E depois mudaram
E voltaram a soprar.
Redemoinhaste-me
Os dias
Com palavras,
Jogos e fantasias
De encantar a alma
E o corpo.
E eu fiquei
Como um miúdo
Absorto
Que vê passar o comboio
Faiscando lume.
É já longa
A história
Desta praia.
Foram muitos os sois,
A luas mareadas,
A areia marcada
Pelas nossas pegadas
De amar.
É já longa
A história
Desta praia.
E isso
É que é preciso
Aceitar.
jpv
29/02/2012 às 19:25
Reparei que em qualquer dos temas se pode encontrar o sentimento de amar, o que não significa que se encontre em todos os poemas.
GostarGostar
29/02/2012 às 15:33
Belo e pungente!
GostarGostar
29/02/2012 às 14:19
Muito Obrigado… Não sei se já reparou, mais abaixo no blogue há um índice de poesia separado por “livros” que correspondem a temas. Volte sempre.
GostarGostar
29/02/2012 às 14:13
Não há dúvida de que é um poeta e que canta o mais sublime dos sentimentos – o Amor.
GostarGostar