
O convite pedia que as senhoras fossem lindíssimas e os homens sem gravata.
As senhoras foram lindíssimas e os homens reinventaram a forma de vestir para um casamento e… foram formais/informais. Sem gravata!
O Menino Pedrinho levava um fato branco e uma camisa azul-céu. Sem gravata. Ela com um vestido branco de tules e pérolas cosidas a desenhar florinhas. Calçou umas sandálias altíssimas, em lilás, com o salto em acrílico transparente enfeitado com brilhantes.
O oceano esteve ali. Casaram-se de frente para o mar sob uma cobertura de colmo com passarinhos em origami suspensos a bailar na brisa. E foi ao som das ondas com o sol a pôr-se de frente para a festa, a emoldurá-la de tons vivos, primeiro, e depois com os seus laranjas de despedida, que disseram uma vida inteira em poucas palavras!
Correram acepipes diversos donde destaco um de que gosto em particular: cascas de batata fritas. Houve vinhos leves e frescos e, sobretudo, sumos de fruta. Limonada, sumo de laranja, de maracujá, de frutas tropicais… Todo o evento foi tranquilo, foi sereno e, sobretudo, muito descomplexado. Acho que a informalidade do espaço e das roupas desconstruiu as barreiras que, normalmente, pautam estas cerimónias. Eu diria que não foi uma cerimónia. Foi uma festa.
O jantar foi num museu! O Museu do Arroz. Bem servido. Num espaço temático marcado pelas luzes naturais trémulas a projetar sombras incertas nas paredes. Foi acolhedor e familiar. Não se serviu muito – nada faltou contudo – serviu-se bem.
O Menino Pedrinho e a Prima Nova organizaram um casamento-festa e enfeitaram-no com o brilho do seu olhar, com a felicidade dos seus sorrisos e o timbre das suas vozes apaixonadas. Estão de parabéns. E é preciso, agora, desejar-lhes as felicidades todas, a fortuna inteira, a ventura de uma vida partilhada em harmonia. Com simplicidade e cumplicidade. Tal como a festa do seu casamento.
jpv
Desenho ilusões com palavras. Sinto com palavras. Expresso com palavras. Escrevo. Sempre. O resto, ou é amor, ou é a vida a consumir-me!
Há tão poucas coisas que valem a pena um momento de vida. Há tão poucas coisas por que morrer. Algumas pessoas. Outras tantas paixões. Umas quantas ilusões. E a escrita. Sempre as palavras...
jpvideira
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