Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


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Com Amor, – Documento 51

Errado, Rui, errado.

Nada nasce do acaso. Em última análise, foi mesmo e só um engano, mas e se não fosse? Que razões estariam por trás de um lapso desse tipo? Sendo a mensagem privada e importante, seria de presumir que tivesse todo o cuidado no envio, a menos que possa inferir-se que, na sua cabeça, ou no seu coração, ou num recôndito qualquer das suas intenções, quereria, gostaria, de enviar-me uma mensagem com aquele teor.

Ok. Fui demasiado longe! Peço desculpa. Só escrevi para dizer que já apaguei o e-mail e que já nem me lembro dele.

Volte tranquilo à sua vida.
Ai, ai, os homens…

Laura.


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Com Amor, – Documento 50

Laura,

Retomo, sem querer voltar a ele, o assunto do meu engano porque me esqueci de comentar uma frase sua que me pareceu deveras intrigante: “Não sei porque se enganou…”

Um engano é um engano. Não há outra razão para que exista. Certo?

Rui.


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Com Amor, – Documento 49

Verónica,

A tua vida já corre desenfreada e está tomando conta de ti, da tua existência. Isso quer dizer que estás no caminho certo.

Voa, minha amiga, voa…

Desejo-te tudo de bom. Todas as realizações.

Rui


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Com Amor, – Documento 48

Meu homem Rui,
Agora sim, apaixonada.
Tranquila e serenamente apaixonada.

A vida é tão bela com serenidade, Rui. Sem sobressaltos. O Eduardo passeou comigo de mão dada pelas Ramblas, visitámos o Parque Guel, a Sagrada Família, comemos paella numa ruela estreita nos arredores da Catedral de Barcelona. À noite fomos assistir a um espectáculo musical e o amor… Rui… o amor… as pessoas encontram outras formas e outros caminhos e outros ritmos para as carícias e são sempre formas íntimas de entrega.

Ele quer conhecer os meus filhos, Rui. Parece um jovem entusiasmado com a perspectiva de uma nova família. Quis partilhar contigo porque… porque tu és tu!

Com carinho,
Verónica.