Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


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A tua Alma. O meu Amor.

Ainda não tinha visto em ti o rasgo. Este rasgo. Conheço-te outras formas de excelência. Esta, mesmo diante dos olhos, passara-me sempre despercebida. Acontece que as obras de arte são o espelho dos seus autores. São fragmentos, estilhaços de sangue, de dor, de parto desconhecido, de dedicação, de amor vencido, de ternura, de perdição, de loucura, de lágrimas pelo chão, de risos inflamados, de momentos capturados. Talvez porque o tempo me deixou conhecer-te melhor a alma e os caminhos sinuosos que há nela, como em todas, hoje olhei para a tua obra e vi-te a ti. Não terá sido uma epifania. Antes uma revelação atrasada que espero não seja fora de tempo. Se soubesses como quero que a vida te sorria… se soubesses, como eu sei, que tens de participar nesse sorriso… se pudesse ensinar-te tudo o que adiei, todas as coisas que não semeei em nós, fá-lo-ia. Não há medida para o amor. Ainda bem. Se houvesse, não mediria tudo o que te amo e quero. Se precisares, pede-me a vida. Não a concebo sem ti. E se houver Deus, e se esse Deus que houver souber dos homens o que deles há para saber, levar-me-á primeiro. Isso é o que te amo. O valor da vida toda.


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A Simpatia no "Cais de Belém"

O dia 11 de setembro, cá em casa, é dia de diversos aniversários. O mais importante, sem dúvida, é o do filhote. Chamo-lhe filhote com aquela ternura dos pais babados e orgulhosos na sua prole, mas o tal filhote já fez 21…
Para assinalar a data, fomos dar um passeio pelos jardins de Belém e acabámos a almoçar no restaurante “Cais de Belém”, em pleno jardim. No final eu disse ao senhor:
– Por favor, se puder ser, acrescente o valor da chávena de café porque eu sou colecionador e gostaria de levá-la.
Era uma chávena da Segafredo, com um design interessante. Quando o senhor regressou, informou simpaticamente:
– Não vou colocar nada na conta. Aqui tem a chávena que pediu e uma vez que é colecionador ofereço-lhe também esta que tem o nosso símbolo.
E pronto, como a simpatia, às vezes, já vai escasseando, resolvi deixar nota da forma simpática como foi tratado o colecionador que há em mim… Já agora, têm chávenas giras?


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O Coração Está na Moda

Há momentos em que os criativos são impelidos pelas mesmas forças e pelas mesmas ideias. Tirei esta foto na estação do Metro de Stª Apolónia. Pelos vistos o coração está na moda e continua a inspirar a arte da publicidade. Quer a Vodafone, quer o Centrum, por razões diferentes, resolveram apelar ao coração dos portugueses. Ao coração… e à carteira!
[foto de péssima qualidade, tirada com o telemóvel e o Metro em movimento… pois.]


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Sugerido

Alicante

Une orange sur la table
Ta robe sur le tapis
Et toi dans mon lit
Doux présent du présent
Fraîcheur de la nuit
Chaleur de ma vie”

Jacques Prévert


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A Receção do Acordo

Independentemente da polémica que tem gerado, das muito debatidas problemáticas, das causas, das razões pro e contra, o acordo ortográfico entra em vigor em 1 de janeiro de 2012. No caso das escolas o começo é já no início do presente ano letivo.
Não sou um dos adeptos mais convictos do acordo, mas lei é lei.
Assim sendo, de hoje em diante os textos publicados em “Mails para a minha Irmã” passarão a ser escritos de acordo com a nova norma. Podem escapar-nos pormenores de redação e, se tal acontecer, todos os reparos são bem-vindos.
De resto, aqui fica uma ajudinha. Se quer começar a escrever respeitando o acordo ortográfico, passe os seus textos por um conversor. Quer o “lince”, disponível no portal da Língua Portuguesa, quer o da Porto Editora, me parecem eficazes:


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O Clã do Comboio – La Rentrée

La Rentrée


O Clã está ao rubro. Outra vez! As férias de uns, mais ou menos desencontradas, não abrandaram a convivência e a agitação destes companheiros de viagem. Houve actividades extra-curriculares. Quando regressei, no dia 1 de Setembro, fui logo informado de que o Rapaz do Fato Cinzento tinha levado a Rapariga do Riso Fácil e a PL ao Museu do Oriente e, dias depois, a jantar num simpático restaurante chinês. Neste segundo evento, a PL pisgou-se a meio do jantar. Só pode ter sido para não pagar a conta. Se pagou, então não faço ideia porque é que deixou os outros companheiros sozinhos… Uns dias depois foram comer sushi. Entretanto, o Escritor mais a sua Mulher e a sua Mana, sim a que dá nome ao blogue, foram almoçar peixinho grelhado ao Alamal com a Rapariga do Riso Fácil e seu Mano. Foi um dia precioso e memorável de que se guardam extraordinárias recordações. Claro que o facto do Mano da Mana e da Mana do Mano serem ambos solteiros é mera coincidência! E mais não digo. Sei que, alguns dias volvidos, a Rapariga do Riso Fácil e o Mano foram à Lousã, onde mora a Mana do Escritor e almoçaram com ela mais sua mãe. A coisa está engraçada.
No dia 5 de Setembro, primeira segunda-feira do mês, a CP teve o grandioso gesto de devolver as três carruagens que roubou ao Interregional das 7:18 em Junho. Isto devolveu ao Clã o seu espaço habitual. Algum conforto foi recuperado e, imagine-se, a Mulher Vampiro voltou. Foi uma alegria revê-la.
Entretanto, ultimam-se os preparativos para o 1º Almoço do Clã do Comboio que será algures num restaurante em Belver. Houve algumas alterações ao plano inicial, mas, sem dúvida, será um evento memorável! O sistema de inscrições está a funcionar muito bem, e está até a preparar-se um teatrinho! Nada menos que Shakespeare! Ah pois, a ser que seja logo em grande!
Mas, o que mais me fascina é que estão a regressar as conversas estimulantes e bem-dispostas. Hoje, o Rapaz do Fato Cinzento e o Escritor fizeram corar a Rapariga com Brinco de Pérola, em francês (!), e conhecemos uma senhora a que chamámos Isabel mesmo sem saber o nome dela. Ela ficou triste por não ser passageira frequente, mas nós achamos que ela vai mudar de vida por nossa causa!
Entretanto, o JJ anda a tentar vender Bimbis a todo o Clã. Que eu visse, já marcou uma mão cheia de demonstrações. Ele é Bimbiodependente. Acho que se levanta a meio da noite e vai fazer uma receita de chu-chu com que estava a sonhar. O vício é tal que já tem duas Bimbis. O VM vai retomando a sua veia humorística, mas, hoje, o verdadeiro herói foi o Américo. O nome dele não é Américo, mas nós chamamos-lhe Américo porque… sei lá, porque nos apetece. É uma longa história: um dia enganei-me, chamei-lhe Américo em vez do nome dele e depois ficou assim para todo o sempre. No Clã, claro. Estávamos a falar da Bimbi e do advento das tecnologias e do facto delas também falharem e vai o Américo e diz:
– Ai falham, falham! Um dia destes estava numa dessas portagens automáticas e ela só me dizia naquele tom artificial, Cartão mal introduzido. Foi então que surgiu uma voz de uma senhora que se apresentou como supervisora e ordenou, Dobre-o um bocadinho, introduza-o e retire-o de uma só vez!
Gargalhada geral. A Senhora da Revista de Culinária, que tem uma blusa toda gira com um laçarote no ombro que o VM quer desapertar para ver se lhe calha um cadeau ou um gâteau, foi às lágrimas com a história do retire-o de uma só vez. A Isabel, que não nos conhece de lado nenhum e não sabia que se chamava Isabel, não conseguiu esconder o riso e daí até ao Oriente foi um não mais acabar de contribuições voluntárias para a boa-disposição geral.
Meu Deus, as saudades que eu já tinha do trabalho! Se eu podia viver sem o Clã do Comboio? Poder, podia…
PS: a rentrée trouxe um novo e fantástico elemento ao Clã do Comboio: a Miss América. Será apresentada em breve. Promete…