Carta à Titi e sua Excelsa e Simpática CompanhiaCara Titi e sua Excelsa e Simpática Companhia,
Venho em missão de paz. Nem podia ser outra a missão, dado que o Clã é um grupo de amigos perfeitamente informal e pacífico. Em Outubro passado, nenhum de nós se conhecia! Ora, com o passar dos dias e dos quilómetros, começámos a conversar e descobrimos que temos coisas simples em comum: olhamos a vida com positivismo e esperança, gostamos de conversar, adoramos uma boa gargalhada e andamos de comboio. Todos os dias! Foram estes ingredientes, e não outros, que nos juntaram e, fique claro, o Clã não tem chefes, nem líderes, nem proprietários. Quem vier e gostar de conversar e de rir-se, é sempre bem-vindo e tem os mesmos direitos e deveres dos outros: o direito e o dever de viajar em regime de partilha, de boa disposição e de conversa animada. Isto inclui, naturalmente, a Titi e sua Excelsa e Simpática Companhia.
Sabe, Titi, o Clã não é, nunca foi, provocatório. Nada se faz que não seja espontâneo, que não nasça naquele momento. Para ser provocatório, teria de ser reflectido e o Clã do Comboio, para reflectir, já tem o trabalho ao longo do dia e o estudo que isso implica. Seria preciso que alguém tivesse um ego muito grande, tão grande que achasse que estava no centro do Universo, para pensar que o Clã do Comboio pensava em provocar esse alguém. Jamais! Somos demasiado espontâneos e bem dispostos para pensar em provocações. Em certa medida, até somos um bocadinho egoístas. É que nos divertimos uns com os outros e isso basta-nos.
A Titi e sua Excelsa e Simpática Companhia não precisa preocupar-se com as Raves Móveis. Como tudo no Clã, foi um episódio espontâneo e esporádico. Isto não quer dizer que um dia destes não se cante o “Parabéns a Você”, mas, mais uma vez, será espontâneo e esporádico e jamais para agredir ou provocar alguém.
O Clã é composto por gente mais expansiva e por gente menos expansiva, alguns primam até pelo silêncio porque gostam e preferem ouvir os outros, mas há uma coisa de que não abdicamos, nunca, do nosso direito a uma boa conversa e a uma boa gargalhada. Sabe, é que todos no Clã já percebemos que um dia destes vamos a enterrar e o breve tempo daqui até lá tem de ser gasto em energias positivas e em caminhos de Luz. Não podemos, nem queremos, obrigar ninguém a ser bem disposto, mas não abdicamos da nossa boa disposição. Raves à parte, claro!
Cara Titi e sua Excelsa e Simpática Companhia, não vá por aí, por esse caminho obscuro das palavras veladas por trás de comentários escondidos no conforto do anonimato. O Clã não deve, logo, não teme. É por isso que anda de cara destapada e cabeça erguida. Por outro lado, vocês sabem quem somos e sabem que nós sabemos que vocês sabem quem somos. E nós sabemos quem vocês são. E sabemos que vocês sabem que nós sabemos quem são.
Para quê e porquê esse caminho? No extremo, esse é o caminho dos litígios e desentendimentos que leva os homens ao espectáculo degradante da guerra. E, como já foi dito, nós somos gente de paz. Não queremos mal a ninguém. Não é essa a nossa forma de estar.
Cara Titi, não direi que seremos todos amiguinhos no futuro, mas, para que fique clara a boa intenção deste texto, está convidada a viajar connosco um dia destes. E traga os seus amigos. Vai ver que se diverte. Mais: não quer vir ao nosso almoço? Sabe, para fazer parte do Clã não é preciso nenhum ritual satânico de iniciação. Basta andar de comboio regularmente, ser bem disposto e gostar de conversar e isso a Titi e sua Excelsa e Simpática Companhia já é e já gosta!
Como é que eu sei? Básico. Já a vimos conversar e já a vimos rir e, Raves à parte, achamos que é capaz de ter umas histórias interessantes para contar… Como é que eu sei? Puro palpite. Mas olhe que o Escritor é bom a palpitar!
Cara Titi e sua Excelsa e Simpática Companhia, o espontâneo, simpático e de quando em vez incomodativo Clã do Comboio deseja-lhe… Boa Viagem!
31/07/2011 às 18:16
Todas manhãs, de todos os dias, a mesma rotina: sono interrompido pelo despertador, pseudo pequeno-almoço apressado.
Mas, chegados ao comboio, a alegria e simpatia contagiantes de sempre – aquela espécie de terapia que nos leva a suportar o dia que se inicia, com disposição renovada e, que, se espalha como pó de oiro sobre o nosso local de trabalho.
O clâ do comboio ensinou-me que a voz humana é o único instrumento que carrega a palavra…
Deixo-vos com O'Neill:
E se fôssemos rir.
Rir de tudo, tanto,
Que à força de rir
Nos tornássemos pranto…»
Um abraço
FC
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30/07/2011 às 01:35
Muito boa noite Sr. João Paulo,
Desde já lhe agradeço a sua longa missiva, pois é sinal que apesar de não ter publicado nenhum dos meus comentários, os leu, mas, seria de bom tom tê-los publicado, pois assim as pessoas que estão a ler a sua missiva, perceberiam melhor o teor da mensagem a que ela se refere. Desta maneira, as pessoas ficarão a pensar que eu terei feito comentários menos respeitosos ou até mesmo injuriosos, coisa que eu nunca fiz.
Quanto ao meu anonimato, só o faço, porque ao seleccionar o perfil é aquele que parece mais óbvio, aliás como alguns dos comentários que aparecem publicados aqui no seu blogue, mas de qualquer maneira, e como já tinha referido atrás, nunca lhe faltei ao respeito, nem o injuriei em nenhum dos meus comentários, por isso não vejo qualquer necessidade ou interesse de me identificar, pois afinal de contas estou aqui na defesa do interesse dum grupo que se sente incomodado com as suas acções, como com as daqueles que o rodeiam.
Diz o Sr. que nunca tomou uma atitude provocatória? O que chama então da sua atitude a uma dada altura quando toca a música umas “n” vezes e se gaba disso? Isto para não falar dos olhares que o grupo deita para alguns passageiros quando estes olham para vocês, mais incomodados. O que chama o Sr. dos adjectivos que vai colocando aos passageiros como por exemplo “A Titi e sua Excelsa e Simpática Companhia”?
Quanto à boa disposição, garanto-lhe que sou um individuo bastante bem disposto e com um sentido de humor bastante apurado, e como já lhe disse num dos meus comentários, eu até sou a favor que se cultive a boa disposição, pois como diz e bem, a vida são dois dias, mas garanto-lhe que com essa boa disposição e se demonstrarem um pouco mais de respeito pelos restantes passageiros, tudo correrá melhor, acredite.
Em ao seu palpite de escritor, palpitou muito mal, mas é uma questão de ir olhando para a carruagem em si e vai ver que não será difícil, pois afinal não somos muitos, mas normalmente não sou uma pessoa que me veja muito a rir, ou até a contar histórias, no entanto penso não ser isso que está em causa, mas sim a sã convivência e uma coisa é certa, apesar de não me identificar, pelo menos tentei de algum modo usar da melhor maneira que me pareceu possível para o contactar, pois por vezes as aproximações pessoais nem sempre são bem entendidas e se calhar neste caso até tinham sido, pois pelo seu texto, parece-me ser uma pessoa de fácil trato e eu sou-o de certeza, mas preferi esta solução a nada fazer
Com os melhores cumprimentos,
Titi e sua Excelsa e Simpática Companhia
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