Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


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Perguntas de Algibeira

Porque é que andamos dias sem fim com um chapéu-de-chuva sem precisar dele e no dia em que decidimos deixá-lo em casa chove SEMPRE?


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De Negro Vestida – LXIII

 

Abandonar o Negro – I

Fugiram da cidade. É o que fazem os jovens. Um carro. Uma carta de condução. Um recanto escuro e o amor acontece. Ele desejava-a, queria tê-la entre os braços, beijá-la, cheirá-la, possuí-la sob o seu corpo jovem e atlético. Ela queria ser possuída, ser tomada pelo seu braço forte, brincar com ele. Naqueles momentos de frente para o mar, o carro era o mundo inteiro e foi aí que se entregaram, que suaram e gemeram seus amores, e foi aí que ficaram saboreando o momento, brincando com o que cada um gostava de fazer. E quando estavam saciados da noite, regressaram. Piso molhado. Olhos dele nela. Mãos dele nela. Curva da estrada e do destino. Despiste. Uma pancada seca no pescoço e a morte imediata.

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O Romance “De Negro Vestida” foi publicado, capítulo a capítulo, neste blogue, entre 26 de janeiro de 2010 e 22 de abril de 2011.

Agora que conhecerá outros voos, nomeadamente, a publicação em livro, deixamos aqui um excerto de cada capítulo e convidamos todos os amigos e leitores a adquirirem o livro.

Obrigado pela vossa dedicação.

Setembro de 2013

João Paulo Videira

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