“Avidement toute ma peau
réclame
la caresse,
la chaleur,
la vigueur,
la douceur de l’eau,
sa purification même…”
Monthly Archives: Novembro 2010
De Negro Vestida – XLVIII
De Negro Vestida – XII
O ríspido e a agressividade latente das palavras manteve-se:
Então as pessoas que carregam os caixões e enterram os mortos não são os cangalheiros?
Uma menina com a sua formação e a sua vivência já deveria ter aprendido que não se chamam caixões, mas urnas, que não se enterram os mortos, mas se sepultam e que quem tem a difícil tarefa de o fazer são profissionais com experiência ou habilitação e, em muitos casos, com experiência e habilitação, que dão pelo nome de… deixe lá isso, fica como trabalho de casa, será a forma de retratar-se da sua indelicadeza. Perdoe-me Alberto.
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O Romance “De Negro Vestida” foi publicado, capítulo a capítulo, neste blogue, entre 26 de janeiro de 2010 e 22 de abril de 2011.
Agora que conhecerá outros voos, nomeadamente, a publicação em livro, deixamos aqui um excerto de cada capítulo e convidamos todos os amigos e leitores a adquirirem o livro.
Obrigado pela vossa dedicação.
Setembro de 2013
João Paulo Videira
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Pensamento por causa de um cão
Um dia destes, na minha hora de almoço, caminhava junto ao rio onde há uma imensa zona pedonal e fui surpreendido por um rapaz que atirou um skate para o chão, saltou para cima dele e, de imediato, começou a rolar a boa e estável velocidade porque numa das mãos tinha uma trela que um cão rafeiro começou a puxar como se o futuro do universo dependesse disso.Citação
De Negro Vestida – XLVII
De Negro Vestida – XI
Maria de Lurdes não gostou dele. Reparou de imediato que estava perante um homem abjecto, sem modos nem maneiras, deseducado nos gestos e nas palavras, arrogante e, sobretudo, palavroso. Nem tão pouco lhe passou despercebido o seu carácter lascivo. Há coisas que se pressentem no primeiro contacto e quando José dos Santos Silva entrou na agência funerária, logo seguido do filho, Maria de Lurdes percebeu que o olhar do velho desafiava todos os limites.
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O Romance “De Negro Vestida” foi publicado, capítulo a capítulo, neste blogue, entre 26 de janeiro de 2010 e 22 de abril de 2011.
Agora que conhecerá outros voos, nomeadamente, a publicação em livro, deixamos aqui um excerto de cada capítulo e convidamos todos os amigos e leitores a adquirirem o livro.
Obrigado pela vossa dedicação.
Setembro de 2013
João Paulo Videira
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Obrigado, mamã!
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Intempérie

Intempérie
Nos dias de chuva intensa,
Nas manhãs cristalinas de sol,
Junto ao mar bravio,
Em tardes quentes
E em dias dias frio.
Na montanha ventosa
Ou na planura serena,
À luz da prenhe lua
Ou no breu da noite fechada,
Há uma intempérie no meu peito
Que nasceu na tua alvorada.
jpv
10500!
A Maçã
Hoje ofereceram-me uma maçã. E isso comoveu-me. Não foi pelo valor da oferta, não foi pelo trabalho que deu, não foi porque houvesse nesse gesto uma qualquer preocupação com a minha alimentação. Todas estas razões podem estar correctas, mas não foi isso que me comoveu.





