
Um dia destes, na minha hora de almoço, caminhava junto ao rio onde há uma imensa zona pedonal e fui surpreendido por um rapaz que atirou um skate para o chão, saltou para cima dele e, de imediato, começou a rolar a boa e estável velocidade porque numa das mãos tinha uma trela que um cão rafeiro começou a puxar como se o futuro do universo dependesse disso.
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Quem me conhece, sabe que gosto muito de animais, em particular mamíferos. Os cães têm esta particularidade de darem tudo por nada ou só pelo gozo da coisa. De serem felizes com a felicidade dos outros. De viverem para realizar os desejos de quem os rodeia e serem felizes com isso.
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Este é um estágio do desenvolvimento a que nós, humanos, ditos os mais desenvolvidos, nem sempre chegamos.
Desenho ilusões com palavras. Sinto com palavras. Expresso com palavras. Escrevo. Sempre. O resto, ou é amor, ou é a vida a consumir-me!
Há tão poucas coisas que valem a pena um momento de vida. Há tão poucas coisas por que morrer. Algumas pessoas. Outras tantas paixões. Umas quantas ilusões. E a escrita. Sempre as palavras...
jpvideira
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