Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


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De Negro Vestida – XLVII

 

De Negro Vestida – XI

Maria de Lurdes não gostou dele. Reparou de imediato que estava perante um homem abjecto, sem modos nem maneiras, deseducado nos gestos e nas palavras, arrogante e, sobretudo, palavroso. Nem tão pouco lhe passou despercebido o seu carácter lascivo. Há coisas que se pressentem no primeiro contacto e quando José dos Santos Silva entrou na agência funerária, logo seguido do filho, Maria de Lurdes percebeu que o olhar do velho desafiava todos os limites.

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O Romance “De Negro Vestida” foi publicado, capítulo a capítulo, neste blogue, entre 26 de janeiro de 2010 e 22 de abril de 2011.

Agora que conhecerá outros voos, nomeadamente, a publicação em livro, deixamos aqui um excerto de cada capítulo e convidamos todos os amigos e leitores a adquirirem o livro.

Obrigado pela vossa dedicação.

Setembro de 2013

João Paulo Videira

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Obrigado, mamã!

Bom dia mamã!

Lembras-te de quando eu era pequenino e te pedi para não ir à tropa porque tinha medo? Lembras-te de quando era pequenino e fiquei doente e não deixei que ninguém me tratasse antes de tu chegares?

As razões porque a criança que veio a ser homem fez o que fez, sentiu o que sentiu e viu em ti a exclusividade da sua salvação ainda existem. Não interessam os cargos, nem a idade, nem as responsabilidades. Dentro de mim ainda habita a criança que te ama e te trata por mamã!
E é essa criança e o homem com ela que vem hoje dar-te os parabéns. Mas não são uns parabéns quaisquer. São de reconhecimento, são de amor.
Sabes, mamã, tu como todas as outras pessoas, hás-de ter teus defeitos e hás-de ter cometido tuas faltas enquanto nos criaste e educaste, mas uma coisa foi miraculosamente constante em ti: o teu incondicional amor por nós! E foi esse amor que aprendemos e é esse amor que andamos distribuindo no mundo.
Obrigado, mamã! E parabéns!
Filhote


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“Qualquer pessoa que eu seja amanhã, amará quem tu és”
Anónimo


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Intempérie

Intempérie

Nos dias de chuva intensa,
Nas manhãs cristalinas de sol,
Junto ao mar bravio,
Em tardes quentes
E em dias dias frio.
Na montanha ventosa
Ou na planura serena,
À luz da prenhe lua
Ou no breu da noite fechada,
Há uma intempérie no meu peito
Que nasceu na tua alvorada.

jpv