Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


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Decreto-Lei

Decreto-Lei

Lá longe,
Onde os homens se escondem
Do que são
No labirinto das palavras,
Dizes-me que amar tem regras.

E é esse dizer que me entristece.
A mim basta-me o azul
Que te basta a ti.
A mim sobra-me o amor, a paixão e o desejo
Como se fosse hoje.
E disto sei pouco
Mas sei que não carece de despacho,
Nem decreto-lei.
É o terreno de amar
E isso é só o que sei!

jpv


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OGE 2011

E pode-se continuar a pensar ou também vai pagar imposto?


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Quase

Quase

Quase tudo.
Quase tu.
Quase a um passo,
E a passada por dar.
Quase uma rajada
Violenta e
Quase negada
A visão.
Quase a sintonia,
Quase a perdição.
Quase o poder
De ter
Quase o mundo na mão.
Quase as palavras certas,
Quase a ruptura pelo verbo,
Quase na noite desperta
O morrer da intenção.
E agora, quase homem, quase morto,
Habito só e abandonado
A penumbra deste corpo.

Quase força, quase energia,
Seria quase coragem,
Não fosse cobardia!

jpv


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The fall of an angel

The fall of an angel

Tudo
Se desprende.
Todas as ideias morrem.
Todas as esperanças fenecem.
Todos os gestos acontecem.
E tu.
Também.

Ainda me lembro dos teus beijos
Quando mos querias dar.
Ainda ouço as palavras que usavas
E não eram para me matar.
Ainda me lembro do teu olhar
Quando acreditava em mim.
Tudo
Se desprende.

jpv


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Mas há dúvidas?

Como diz o anúncio… “Depois do mal estar feito…”
Cada um que encontre o seu! Eu ando à procura do meu!!!
O pior é se é preciso Guronsan para o Guronsan!


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Simpáticos

Os números das visitas a “Mails para a minha Irmã”. Em cerca de ano e meio, fomos visitados por mais de 8500 pessoas que fizeram 21111 leituras. Outro pormenor interessante é o facto de as pessoas demorarem, em média, 7 minutos no blogue. Ou seja, podemos não ser muitos, mas os que cá vêm, vêm por interesse e demoram-se! Normalmente os visitantes deste blogue lêem diversas páginas. Se repararem na imagem, hoje ainda só cá estiveram 10 pessoas mas já foram lidas 71 páginas!!

Resta-me agradecer a todos os visitantes e leitores e prometer que o próximo capítulo de “De Negro Vestida” vem brevezinho.

João Paulo Videira


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Em cima da hora – almoço de família

A Ana e o Gabriel organizaram para nós e, diga-se, ofereceram um excelente almoço em família. Para além de uma extraordinária refeição, muito bem comida e bebida, tivemos a oportunidade de invocar os nossos avós.

As nossas mães, irmãos, e as gerações mais novas representadas pelo Iago e pelo Luís Miguel estiveram neste domingo feito celebração da família.
Tirando o facto de alguns meninos não se terem conservado sóbrios até ao fim, tudo correu 5 estrelas.
Acho, por vezes, que aquilo que define uma família não é tanto o que cada um de nós consegue ser individualmente mas antes os momentos que conseguimos construir juntos. E, hoje, estivemos juntos e estivemos vivendo a família que somos.
Acho que viver é isso mesmo, coleccionar momentos e vivências.
Aqui ficam alguns testemunhos do dia:





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De Negro Vestida – XL

 

De Negro Vestida – IV

Para Maria de Lurdes, os viúvos apresentavam a inegável vantagem de já terem vivido uma relação sem que o seu fim tivesse sido o fracasso e a ruptura dos divorciados e sem que deles pudesse falar-se de inexperiência como em relação aos solteiros. O problema emergente dos viúvos poderia ser a idade. Um viúvo para ser viúvo, teria de ter sobrevivido à morte da esposa. Ora, a menos que o falecimento resultasse de acidente ou doença inesperada, a morte que os separaria teria surgido em idade avançada.

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O Romance “De Negro Vestida” foi publicado, capítulo a capítulo, neste blogue, entre 26 de janeiro de 2010 e 22 de abril de 2011.

Agora que conhecerá outros voos, nomeadamente, a publicação em livro, deixamos aqui um excerto de cada capítulo e convidamos todos os amigos e leitores a adquirirem o livro.

Obrigado pela vossa dedicação.

Setembro de 2013

João Paulo Videira

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De Negro Vestida – XXXIX

 

De Negro Vestida – III

Maria da Graça Martins, Gracinha entre as poucas amigas que lhe foi permitido ter em tardes de chá e biscoitos sortidos saídos de caixas de lata redondas para pires de porcelana, está no hospital e desta vida que lhe coube viver restam-lhe poucos dias. Ela sabe-o. Mas não se assusta. Bem pelo contrário. Sente uma pontinha de esperança e um resquício longínquo de satisfação. A esperança vem-lhe de saber que, seja a morte o que for, para si será sempre uma terceira oportunidade de viver já que as duas que teve antes esvaíram-se no despotismo do pai e na absurda austeridade do marido.

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O Romance “De Negro Vestida” foi publicado, capítulo a capítulo, neste blogue, entre 26 de janeiro de 2010 e 22 de abril de 2011.

Agora que conhecerá outros voos, nomeadamente, a publicação em livro, deixamos aqui um excerto de cada capítulo e convidamos todos os amigos e leitores a adquirirem o livro.

Obrigado pela vossa dedicação.

Setembro de 2013

João Paulo Videira

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De Negro Vestida – XXXVIII

De Negro Vestida – II

Duas preocupações trazem o espírito de Maria de Lurdes num autêntico frenesim. Que tipo de homem procurar e onde encontrá-lo. Quando elencou mentalmente as características do seu tipo ideal, percebeu de imediato que teria de fazer cedências. O criador nunca se dera ao trabalho, pelo menos que ela soubesse, de produzir semelhante criatura. Meigo, gentil, inteligente, sensível, com sentido de humor, excelente conversador mas não monopolizador do diálogo, ouvinte atento, trabalhador, honesto, fiel, verdadeiro, arrumado e asseado, doce na linguagem e espirituoso sem chegar ao boçal, com bom gosto, financeiramente desafogado, culto e solteiro. E foi quando pensou em solteiro que o seu cérebro parou.

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O Romance “De Negro Vestida” foi publicado, capítulo a capítulo, neste blogue, entre 26 de janeiro de 2010 e 22 de abril de 2011.

Agora que conhecerá outros voos, nomeadamente, a publicação em livro, deixamos aqui um excerto de cada capítulo e convidamos todos os amigos e leitores a adquirirem o livro.

Obrigado pela vossa dedicação.

Setembro de 2013

João Paulo Videira

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