Fado do Búzios, Liliana Jordão, in Escola Secundária de Alcanena.
Monthly Archives: Julho 2010
Homenagem singela
Como se os seus olhos fossem as portas do pranto
Sinal da cruz que persiste, os dedos contra o quebranto
E os búzios que a velha lançava sobre um velho manto
À espreita está um grande amor mas guarda segredo
Vazio tens o teu coração na ponta do medo
Vê como os búzios caíram virados p’ra norte
Pois eu vou mexer o destino, vou mudar-te a sorte (bis)
Havia um desespero intenso na sua voz
O quarto cheirava a incenso, mais uns quantos pós
A velha agitava o lenço, dobrou-o, deu-lhe 2 nós
E o seu padre santo falou usando-lhe a voz
À espreita está um grande amor mas guarda segredo
Vazio tens o teu coração na ponta do medo
Vê como os búzios caíram virados p’ra norte
Pois eu vou mexer o destino, vou mudar-te a sorte (bis)
À espreita está um grande amor mas guarda segredo
Vazio tens o teu coração na ponta do medo
Vê como os búzios caíram virados p’ra norte
Pois eu vou mexer o destino, vou mudar-te a sorte!
De Negro Vestida – XXX
Despertar – IV
As pessoas, mormente as mulheres, não estão bem arranjadas e pronto. Estão bem ou mal arranjadas consoante a situação ou evento para que se arranjam. Tanto é isto verdade que aparecer um homem de fato e gravata para um trabalho pesado ou para a prática de desporto, por melhor e mais bonito que seja o fato, forçoso será concluir que ia o homem mal arranjado. O mesmo se aplica à escolha da indumentária feminina. Pois que sendo os vestidos de noite lindíssimos, quando o são, sempre ficam inapropriados se usados em eventos diurnos. Logo à partida, contrariam a sua própria designação, seu fim e propósito e indo com ele de dia, vai a mulher que o levar mal arranjada. Saber arranjar-se é, antes de mais, procurar a harmonia entre a nossa presença e o evento em que estaremos presentes. Depois, se a esta harmonia conseguirmos juntar pormenores de bom gosto, tanto melhor.
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O Romance “De Negro Vestida” foi publicado, capítulo a capítulo, neste blogue, entre 26 de janeiro de 2010 e 22 de abril de 2011.
Agora que conhecerá outros voos, nomeadamente, a publicação em livro, deixamos aqui um excerto de cada capítulo e convidamos todos os amigos e leitores a adquirirem o livro.
Obrigado pela vossa dedicação.
Setembro de 2013
João Paulo Videira
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Sentes que um tempo acabou – 2
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Depois questionei-me “E será que no Youtube se encontra algo daquela época, por exemplo, de um cortejo da Queima das Fitas desse tempo? Sim, do tempo em que os concertos não eram megalómanos. Bastava a Pitagórica, a Estudantina e uns ranchos folclóricos e o pessoal divertia-se à brava.”
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E não é que esta coisa da Internet tem surpresas. Encontrei dois filmes de 1988, há 22 anos portanto. Nesse ano estava no segundo ano da faculdade e os amigos que quiserem reviver alguns dos momentos que passámos juntos, avançam até aos 8m e 15s do filme. Estão lá o Andrade, a Fernanda, a Marta, A Florbela, A Hélia, a Rosário e eu mesmo vermelho que nem três cervejas!… pelo menos.
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No segundo filme que encontrei, mesmo nos últimos segundos, há um rápido mas fabuloso EFE-ERRE-Á em cima de um carro alegórico de Letras. É o carro onde ia a Célia Mafalda e todo o pessoal do 3º ano. Reconheço a Paula (que casou comigo 4 meses depois desse cortejo e até hoje continua a aturar-me!), o Ramalheira, o João Paulo Matos, a Lena, A Isilda, a Susana e eles reconhecerão outros mais.
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Aqui ficam, pois, a oficiar a saudade, a juventude, a irreverência e, fundamentalmente, a memória.
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