Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


Deixe um comentário

De Negro Vestida – XXX

 

Despertar – IV

As pessoas, mormente as mulheres, não estão bem arranjadas e pronto. Estão bem ou mal arranjadas consoante a situação ou evento para que se arranjam. Tanto é isto verdade que aparecer um homem de fato e gravata para um trabalho pesado ou para a prática de desporto, por melhor e mais bonito que seja o fato, forçoso será concluir que ia o homem mal arranjado. O mesmo se aplica à escolha da indumentária feminina. Pois que sendo os vestidos de noite lindíssimos, quando o são, sempre ficam inapropriados se usados em eventos diurnos. Logo à partida, contrariam a sua própria designação, seu fim e propósito e indo com ele de dia, vai a mulher que o levar mal arranjada. Saber arranjar-se é, antes de mais, procurar a harmonia entre a nossa presença e o evento em que estaremos presentes. Depois, se a esta harmonia conseguirmos juntar pormenores de bom gosto, tanto melhor.

————————————————–

O Romance “De Negro Vestida” foi publicado, capítulo a capítulo, neste blogue, entre 26 de janeiro de 2010 e 22 de abril de 2011.

Agora que conhecerá outros voos, nomeadamente, a publicação em livro, deixamos aqui um excerto de cada capítulo e convidamos todos os amigos e leitores a adquirirem o livro.

Obrigado pela vossa dedicação.

Setembro de 2013

João Paulo Videira

————————————————–


3 comentários

Sentes que um tempo acabou – 2

Ontem, ao colocar aqui um post sobre a Balada do ano em que fui finalista, gerei um reencontro com a Célia Mafalda como se pode ver pelos comentários ao dito e um despertar de saudades e vontades esquecidas de reviver alguns daqueles dias e daquelas pessoas que, naturalmente, marcaram umas das fases mais interessantes da minha vida.

Depois questionei-me “E será que no Youtube se encontra algo daquela época, por exemplo, de um cortejo da Queima das Fitas desse tempo? Sim, do tempo em que os concertos não eram megalómanos. Bastava a Pitagórica, a Estudantina e uns ranchos folclóricos e o pessoal divertia-se à brava.”

E não é que esta coisa da Internet tem surpresas. Encontrei dois filmes de 1988, há 22 anos portanto. Nesse ano estava no segundo ano da faculdade e os amigos que quiserem reviver alguns dos momentos que passámos juntos, avançam até aos 8m e 15s do filme. Estão lá o Andrade, a Fernanda, a Marta, A Florbela, A Hélia, a Rosário e eu mesmo vermelho que nem três cervejas!… pelo menos.

No segundo filme que encontrei, mesmo nos últimos segundos, há um rápido mas fabuloso EFE-ERRE-Á em cima de um carro alegórico de Letras. É o carro onde ia a Célia Mafalda e todo o pessoal do 3º ano. Reconheço a Paula (que casou comigo 4 meses depois desse cortejo e até hoje continua a aturar-me!), o Ramalheira, o João Paulo Matos, a Lena, A Isilda, a Susana e eles reconhecerão outros mais.

Aqui ficam, pois, a oficiar a saudade, a juventude, a irreverência e, fundamentalmente, a memória.