Despertar – I
A verdade é que não nos conhecemos. Enfim, sabemos quem somos, como nos chamamos, que roupas gostamos de vestir e que comida preferimos comer mas, de tempos a tempos, surpreendemo-nos a nós próprios com um pensamento, uma frase, um gesto. Esta ignorância de nós, cristalizamo-la com expressões simples e vulgares do dia-a-dia que dizem pouco, parecem dizer pouco, mas que emanam esse inconfundível perfume de desconhecimento em relação àquilo de que somos capazes. E é por isso que estando, por vezes, a falar, os lábios e a língua e o céu da boca articulam sons que são palavras e podem elas dizer verdades que não esperávamos.
– Onde é que eu estava com a cabeça?
– Nem parece coisa minha!
– Como é que fui capaz?
– Nem acredito no que fiz!
E outras tantas e tantas mais ainda andam bailando nos lábios e no ar dizendo-nos que não nos conhecemos. Que não percebemos a origem de certos pensamentos em nós. De onde vêm sentimentos inesperados. Comportamentos inusitados. Palavras desabituadas.
A mulher de que vos contarei agora está vivendo um desses momentos.
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O Romance “De Negro Vestida” foi publicado, capítulo a capítulo, neste blogue, entre 26 de janeiro de 2010 e 22 de abril de 2011.
Agora que conhecerá outros voos, nomeadamente, a publicação em livro, deixamos aqui um excerto de cada capítulo e convidamos todos os amigos e leitores a adquirirem o livro.
Obrigado pela vossa dedicação.
Setembro de 2013
João Paulo Videira
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11/06/2010 às 20:21
Continua a ser um prazer ler esta estória. A espera é sempre compensada.
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11/06/2010 às 20:19
Continua a ser um prazer ler esta estória. A espera é sempre compensada.
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11/06/2010 às 20:11
Continua a ser um prazer ler esta estória. A espera é sempre compensada.
I
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11/06/2010 às 18:09
Olá Tecas,
como sabes, acumulo muitas funções e tarefas e por vezes isso torna mais difícil a publicação os capítulos. Efectivamente, chega a acontecer eu ter 3 ou 4 capítulos escritos mas não ter tempo ou estar demasiado cansado para os passar do meu caderninho para o pc. Enfim, os comentários simpáticos que vão caindo, como este que agora fizeste, dão alento… tentarei ser breve. Gosto muito desta estória, das personagens dela, e gosto muito de a escrever. Até sonho um dia fazer só isso mas daqui até lá…
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11/06/2010 às 12:42
Pena esta estória estar a sair a conta gotas…… porque continua muito boa e a deliciar a minha alma…
Teresa/Tecas
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