Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


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De Negro Vestida – XV

 

Rotinas – XV

– Nunca perceberás, pois não?
– O quê?
– É inacreditável! Vocês homens são todos iguais, são sempre os mesmos! Só pensam em sexo! Vocês têm implantado na cabeça um chip de cobrição que vos impede de qualquer outro raciocínio em relação às mulheres. Pensam em trabalho? Pensam! Pensam em futebol? Pensam! Pensam em cervejas? Pensam! Pensam em mulheres? Não! Vocês não pensam em mulheres, nem com as mulheres, nem para as mulheres. Vocês só se querem é vir! Não me podias ter desiludido mais. Sabes, por momentos pensei que eras diferente.
– Mas…
– Mas o quê? Ficaste admirado porque ainda agora estivemos a fazer amor e eu já estou toda indignada e irritada contigo…

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O Romance “De Negro Vestida” foi publicado, capítulo a capítulo, neste blogue, entre 26 de janeiro de 2010 e 22 de abril de 2011.

Agora que conhecerá outros voos, nomeadamente, a publicação em livro, deixamos aqui um excerto de cada capítulo e convidamos todos os amigos e leitores a adquirirem o livro.

Obrigado pela vossa dedicação.

Setembro de 2013

João Paulo Videira

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2 comentários

Una Palabra

Esta canção sempre me disse muito. Talvez porque me ache um homem de palavras ou, como me disse um miúdo do 3º ano numa aula que fui convidado a dar no 1º Ciclo, porque sou um “mágico das palavras“. Não sei se sou, mas conheço muito quem seja. A todos os mágicos das palavras! Hip, Hip…

una palabra no dice nada
y al mismo tiempo lo esconde todo
igual que el viento esconde el agua
como las flores que esconden lodo

una mirada no dice nada
y al mismo tiempo lo dice todo
como la lluvia sobre tu cara
o el viejo mapa de algun tesoro

como la lluvia sobre tu cara
o el viejo mapa de algun tesoro

una verdad no dice nada
y al mismo tiempo lo esconde todo
como una hoguera que no se apaga
como una piedra que nace polvo

si un dia me faltas no sere nada
y al mismo tiempo lo sere todo
porque en tus ojos estan mis alas
y esta la orilla donde me ahogo

porque en tus ojos estan mis alas
y esta la orilla donde me ahogo


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Mar azul com chuva

Para quem possa ter saudades do mar azul, ou para quem goste dele com chuva. Fotos de telemóvel a partir do interior do meu escritório móvel (“Defender” forever!). O próximo capítulo de “De Negro Vestida” está pronto. Falta só passar.

Caem os primeiros pingos.

Torrencial orquestra de água batendo na chapa e mar estrondeando ao fundo

Uma hora e muitas linhas escritas depois, o céu anuncia o azul e o mar abre-se à luz.

Regressa a chuva que enevoa a paisagem. Reataco a escrita.